quinta-feira, 6 de julho de 2017

Brasil | MPE reabre fábrica para produzir monotrilhos no Rio de Janeiro

A MPE do empresário Renato Ribeiro Abreu reinaugurou nesta quinta-feira (28/02) a antiga fábrica da EBE – Empresa Brasileira de Engenharia – desativada há mais de 10 anos, em Paciência, subúrbio do Rio, para dar início à fabricação de suas encomendas de monotrilhos, uma em São Paulo e uma em Manaus. Serão em princípio 24 trens de três carros – que poderão ser cinco – para a Linha 17 do Metrô de São Paulo, e 10 trens de seis carros para Manaus. Todos a serem produzidos com tecnologia da Scomi, empresa da Malásia, responsável pela fabricação do monotrilho de Kuala Lumpur, capital daquele país.

A reinauguração segue a tendência surgida com a retomada das encomendas de material ferroviário, que já foi responsável pela reocupação da Cobrasma, em Sumaré (SP), por várias indústrias do setor; da oficina da FCA em Sete Lagoas (MG), pela Caterpillar/Progress Rail; e da fábrica de vagões da CCC em Deodoro (RJ), ainda em curso pela Alstom. A fábrica da EBE, antiga empresa de montagem industrial, pertencia à MPE desde 1991, mas estava desativada, servindo com o depósito.

A fábrica tem 41 metros quadrados de área, sendo 10 mil metros quadrados de galpões, onde serão montados os veículos, começando pela encomenda de São Paulo. Por enquanto o que pode se ver são apenas os jigs – suportes – de montagem, à espera do alumínio importado para a soldagem das primeiras caixas. Já está praticamente definido que os engates serão Voith, as portas de plataforma e o ar condicionado Faiveley, os freios Knorr e as cabines Pifer. O interesse da MPE é que a maior parte dos componentes seja fabricada no Brasil, para habilitar-se ao financiamento do BNDES.

Governo disponibiliza EIA-RIMA do Ferroanel Norte para consulta em Arujá, G1


06/07/2017 - G1
O Desenvolvimento Rodoviário (Dersa) está disponibilizando uma cópia do Estudo e Relatório de Impacto Ambiental (EIA/Rima) do Ferroanel para consulta na sede da Prefeitura de Arujá. O novo ramal ferroviário será exclusivo para o transporte de cargas e terá o traçado paralelo ao trecho Norte do Rodoanel. A estimativa é que a obra custe R$ 3,4 bilhões.
O Ferroanel Norte será um ramal ferroviário de 53 quilômetros de extensão que interligará as estações de Perus, em São Paulo, e de Manoel Feio, em Itaquaquecetuba, seguindo o traçado do Rodoanel.
A obra, que é de responsabilidade da União, teve os estudos de impacto ambiental realizadas pela Dersa, empresa do governo estadual, com recursos da empresa pública federal.
Segundo o Governo do Estado, a implantação possibilitará que os trens de carga, que hoje compartilham os mesmos trilhos com os trens da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), sejam desviados, eliminando o conflito entre cargas e passageiros nos trilhos que cortam o interior da metrópole.
Além disso, os estudos realizados indicam que cerca de 40% das viagens destinadas ao transporte de cargas são feitas com os caminhões vazios, pois nem sempre as empresas conseguem prestar o serviço na ida e na volta.
Essa pesada movimentação rodoviária converge, em grande parte, para a Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) e para o Porto de Santos. O resultado é a saturação do trânsito na RMSP e nas proximidades dos grandes centros urbanos, onde os congestionamentos se tornam cada vez mais frequentes.
Sob o ponto de vista dos passageiros, a liberação dos trilhos atuais para uso exclusivo da CPTM permitirá a redução do intervalo entre os trens, a implantação de novos sistemas de sinalização e melhoria das estações ferroviárias, o que trará maior capacidade de transporte e conforto aos usuários.
No Alto Tietê, o Ferroanel passará pelas cidades de Itaquaquecetuba e Arujá. Nesta última, será realizada no próximo dia 13, uma audiência pública sobre a obra será realizada no Clube União, às 17h.
O documento também pode ser analisado na internet. No Paço Municipal, localizado na Rua José Basílio de Alvarenga, 90, no centro de Arujá, a consulta fica liberada de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e das 13h às 17 h.
De acordo com o Dersa, o Ferroanel deverá ter um trajeto de 44 quilômetros no trecho de Arujá, margeando parte dos trechos Norte e Leste do Rodoanel Mario Covas na cidade. O Clube União, onde será a audiência pública, fica na Rua Amazonas, 100, no Centro de Arujá.​

Histórico

Dos 53 km do Ferroanel, 12 km são pontes e viadutos, 17 km são túneis e 23 km em terraplanagem. A estimativa é que o frete de cargas pela ferrovia seja 15% mais barato do que o valor pago no transporte feito pelos caminhões.
O estudo teve início em setembro de 2011 em parceria do governo estadual com a concessionária ferroviária MRS. Inicialmente, a Dersa cedeu os projetos disponíveis para a implantação da ferrovia nos trechos Leste e Norte do Rodoanel. No entanto, em 2012, foi constatada a viabilidade técnica para a implementação da ferrovia no trecho Norte do Rodoanel.
O estado recebeu R$ 332 milhões do Ministério dos Transporte para que as obras do Rodoanel recebessem terraplanagem complementar para a instalação do futuro ramal ferroviário.

Petróleo vai bombar em São Paulo, diz ANP DGABC

São Paulo será o segundo maior produtor nacional de petróleo nos próximos dez anos, segundo projeções apresentadas pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). As próximas rodadas de licitações dos campos de exploração e produção de petróleo e gás natural, previstos para 2017, 2018 e 2019, têm potencial para atrair US$ 40 bilhões em investimentos ao Estado de São Paulo, total que corresponde à metade dos investimentos previstos em decorrência de todos os leilões programados no País nesse mesmo período.
 
Com isso, São Paulo deve saltar de uma produção diária de 330 mil barris de petróleo por dia para 1,1 milhão de barris por dia até 2027, ultrapassando o Espírito Santo como segundo maior produtor. A ANP calcula que essa atividade vai gerar cerca de US$ 11 bilhões em royalties para os cofres paulistas ao longo dos 30 anos de vigência dos contratos de exploração dos blocos. Isso representará um salto na arrecadação do Estado neste setor, que conta, atualmente, com a distribuição de US$ 1,5 bilhão vindo das áreas já contratadas e projetos de desenvolvimento e produção.
 
Apoio logístico
O governador Geraldo Alckmin afirmou que o governo paulista reunirá as universidades estaduais, a Fundação de Amparo à Pesquisa (Fapesp) e o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) para estruturar um plano para formação de mão de obra qualificada e obtenção de avanços no campo das ciências e da inovação voltados para a indústria de óleo e gás. Também prometeu retomar o projeto de instalação de um centro de pesquisas da Petrobras na Baixada Santista. “Estamos diante de um cenário muito positivo na indústria de óleo e gás”, disse ele. “Haverá um impacto muito grande no sentido de empregos, investimentos e também a produção para o País".