quarta-feira, 3 de maio de 2017

Carlos Américo Pacheco é o novo diretor-presidente da FAPESP


20 de julho de 2016

Agência FAPESP – Carlos Américo Pacheco é o novo diretor-presidente do Conselho Técnico-Administrativo da FAPESP. A escolha foi feita pelo governador Geraldo Alckmin, a partir de lista tríplice definida pelo Conselho Superior da FAPESP, e publicada no Diário Oficial de São Paulo de 20 de julho de 2016.
Pacheco possui graduação em engenharia eletrônica pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (1979), mestrado (1988) e doutorado (1996) em Ciência Econômica pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e pós-doutorado pela Columbia University (2005).
Foi secretário executivo do Ministério de Ciência e Tecnologia e presidente do Conselho de Administração da Finep (1999 a 2002). Foi secretário-adjunto da Secretaria de Desenvolvimento Econômico de São Paulo (2007), reitor do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (2011-2015) e diretor-geral do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais - CNPEM (2015-2016).
É professor afastado do Instituto de Economia da Unicamp e assessor da direção geral do CNPEM. Tem experiência na área de economia urbano-regional, economia industrial e tecnológica.


Foi condecorado Grande Oficial da Ordem do Rio Branco pelo Ministério das Relações Exteriores (2000), comendador da Ordem do Mérito Aeronáutico pelo Ministério da Aeronáutica (2000) e recebeu a Grã-Cruz da Ordem Nacional do Mérito Científico da Presidência da República (2000).

terça-feira, 2 de maio de 2017

Um Macron tupiniquim?, Eliane Cantanhêde

A disparada do deputado Jair Bolsonaro para o segundo lugar da corrida presidencial, com 15% no Datafolha, é uma boa notícia para a direita, mas é melhor ainda para a esquerda. Assim como o ex-presidente Lula bateu nos 30% históricos do PT, Bolsonaro tende a bater rapidamente no teto da extrema direita e é o adversário que qualquer candidato pediu a Deus. Sem liderança, sem credenciais, sem propostas e sem ovelhas como as de Lula, arrisca-se a despencar do palanque ao primeiro sopro.
Num improvável segundo turno entre Lula e Bolsonaro, o grande eleitorado de centro vai votar nulo ou tapar o nariz ao optar por quem é réu cinco vezes (por enquanto) ou quem representa o que há de mais retrógrado na política e na sociedade brasileira. Parece o fim do mundo, mas não vamos esquecer que o Brasil é um país de centro, seus cidadãos estão cada vez mais politizados e a polarização Lula-Bolsonaro abre uma avenida de oportunidades para um nome que não esteja atolado na Lava Jato nem seja um franco-atirador que remeta mais ao passado e à ditadura do que projete um futuro de renovação da política e das relações entre público e privado.
Muito se fala de Lula, que saiu de um casebre miserável, sacudiu num pau de arara até São Paulo, virou o maior líder de massas da história recente e o presidente mais popular, mas jogou tudo isso fora ao cair desavergonhadamente nos braços do grande capital, enquanto encenava o defensor dos pobres. Surgir nas delações de Marcelo Odebrecht com uma conta de R$ 40 milhões na empreiteira para usar a seu bel-prazer é arrasador.
Mas pouco vem se falando de Bolsonaro, um produto mais sociológico do que político. Quem se encanta com sua candidatura se identifica com posições contra os direitos e a independência das mulheres e dos gays e contra a importância da política e da democracia. E como garantiria a governabilidade, as relações com o Congresso, a participação de uma sociedade plural? Como administraria uma economia ainda recolhendo os cacos? Como se relacionaria com um mundo cada vez mais complexo?
Não é preciso nenhuma pesquisa para saber o tamanho do estrago da Lava Jato sobre a imagem de Lula, que se equilibra entre 30% de intenção de voto e 45% de rejeição, e de Aécio, que envelheceu na política com uma rapidez estonteante. Mas há dúvidas sobre Alckmin e Marina Silva, por exemplo, e sobre o fator Temer. E há João Doria...
Se há uma ameaça de fato à maior operação de combate à corrupção no Brasil e no mundo, é Lula e Aécio em 2018 e, principalmente, Lula eleito. Ele é o centro das investigações, pessoalmente atingido por sítios, triplex e contas ilegais e apontado como cérebro da corrupção institucionalizada, logo, sua vitória seria a derrota da Lava Jato. E como imaginar o trabalho monumental do MP, PF, Receita e Justiça desembocando num Bolsonaro, num novo Chávez?
Nenhum analista via Donald Trump com chances reais e lá está ele decidindo se ataca ou não a Coreia do Norte. De outro lado, todo o mundo assustava-se com a família Le Pen na França e eis que surge, pelo centro, Emmanuel Macron. Aqui, tudo também pode acontecer. Depois de estar à beira da depressão econômica, derrapar na depressão política e afundar na depressão moral, o Brasil precisa levantar, sacudir a poeira e dar a volta por cima. Não será com um Trump tupiniquim, um Chávez falando português, um candidato que traz de volta os piores fantasmas nem um que seria um escárnio com a Lava Jato. Há uma avenida aberta ao centro e não se descartem Fernando Haddad e Doria, mas quem está sem identidade ou quem joga na rua as flores de uma boa causa ainda não mostrou condições de virar o Macron brasileiro.

POLÍTICA ABL Morre o ex-ministro Eduardo Portella, OESP

Morreu nesta terça-feira, 2, aos 84 anos, o acadêmico Eduardo Portella. Ele é membro da Academia Brasileira de Letras (ABL) desde 1981. A informação foi confirmada pela casa nesta tarde. Ainda não foram divulgadas as causas da morte. Portella foi eleito na sucessão de Otávio de Faria para a cadeira de número 27, e era um integrante bastante ativo dos eventos da casa.

Foto: Plínio Santos/Estado
Eduardo Portella
O ministro da Educação, Eduardo Mattos Portella, durante evento realizado na Escola Superior de Guerra, no Rio de Janeiro, em agosto de 1980
Nascido em Salvador, ele era doutor em Letras, professor, escritor e crítico literário. Ocupou diferentes cargos públicos desde 1956, ano em que foi nomeado técnico de Educação do Ministério da Educação e Cultura. Foi ministro de Estado da Educação, Cultura e Desportos no governo João Figueiredo (1979-1985), diretor-geral adjunto da Unesco e presidente da Conferência Geral da Unesco.

Uma de suas frases famosas, usada até hoje por ministros de Estado, é “não sou ministro, estou ministro”, sua forma de explicar a o caráter transitório dos cargos públicos.