quinta-feira, 9 de junho de 2022

Hélio Schwartsman Bolsonaro tem motivo para querer censurar pesquisa da XP, FSP

 

Não é difícil entender por que Jair Bolsonaro ficou tão irritado com a pesquisa eleitoral do Ipespe encomendada pela XP.

A sondagem, além de confirmar a boa dianteira de Lula sobre o presidente, mostrou que o petista também é considerado mais honesto. Foram 35% contra 30%. E, depois de dois megaescândalos de corrupção envolvendo o PT, a honestidade deveria ser o ponto fraco de Lula. Se até nesse quesito o petista se sai melhor, é porque a situação está feia para Bolsonaro.

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É óbvio, porém, que disparar contra o mensageiro é a resposta burra para o problema. Foi, obviamente, a que os bolsonaristas escolheram. Eles pressionaram a corretora, que cancelou a divulgação da pesquisa. Se o objetivo era esconder a informação, ela ganhou mais destaque.

Mas e a XP? Ela deveria ter recuado? A covardia, que os mais polidos chamarão de prudência, está no DNA dos banqueiros. Em 2014, uma funcionária do Santander assinou uma análise de conjuntura político-econômica que desagradou a Dilma Rousseff, o PT pressionou a direção da instituição e a moça foi demitida. Se há uma categoria que fará de tudo para não se indispor com nenhum governo, é a dos banqueiros. Eles têm suas razões. Você deve evitar brigar com quem regula sua atividade.

O problema é que, de alguns anos para cá, os banqueiros acabaram se tornando os grandes financiadores de pesquisas eleitorais. É preocupante que tenham tão pouco apetite por divulgar aquilo que se esforçam para descobrir. Pesquisas são informação que o eleitor pode e deve considerar na hora de definir seu voto.

Partilho, assim, da inquietação manifestada pelo grupo Prerrogativas, formado por advogados que apoiam Lula. Só acho que é importante ressaltar, como mostrou o episódio de 2014, que a vontade de suprimir notícias negativas não tem ideologia. E, se você está em busca de informação eleitoral, é melhor fiar-se no jornalismo do que em banqueiros.

Empresa do Primo Rico demite 20% dos funcionários e cita 'reestruturação', OESP

 Lucas Agrela, O Estado de S.Paulo

09 de junho de 2022 | 12h15

Grupo Primo, empresa liderada por Thiago Nigro, Bruno Perini e Joel Jota, demitiu 20% do seu quadro de funcionários na última quarta-feira, 8. O corte atingiu mais de 50 dos 280 colaboradores da companhia. A empresa confirmou as demissões ao Estadão. O corte vem após a integração de processos e times de aquisições do grupo, como as empresas Spiti, Grão e TopInvest.

O Grupo Primo diz crescer consecutivamente há 7 semestres e havia adicionado 246 ao time de colaboradores desde janeiro de 2021. A companhia cresceu tanto com a expansão dos próprios negócios quanto com compras de outras empresas. A abertura de capital na bolsa de valores está nos planos futuros do grupo.

O Grupo Primo atua na produção de conteúdos educacionais sobre finanças nas redes sociais, vende cursos sobre investimentos e passou a atuar no segmento de criptomoedas em 2022. 

Thiago Nigro ensina economia aos jovens
Thiago Nigro, criador do Grupo Primo, é conhecido pela produção de conteúdos sobre finanças pessoais e metaverso para o YouTube Foto: WERTHER SANTANA/ESTAD?O

Nesta semana, a Empiricus também cortou funcionários, citando maior interesse do público por investimentos em renda fixa. A empresa é conhecida pela venda de relatórios para investimentos na bolsa de valores e foi comprada pelo banco BTG Pactual no ano passado.

A 2TM, dona do Mercado Bitcoin, também cortou funcionários recentemente. O preço do bitcoin está na casa dos US$ 30 mil há cerca de um mês, patamar que representa metade do registrado no pico de novembro de 2022, e queda de um terço só em 2022.

08.06.22 | Resfriamento sustentável, CB

 



Distrito Federal - O aquecimento global e o aumento da população mundial indicam que a demanda por sistemas de refrigeração com eficiência energética e ecologicamente sustentáveis não deve parar de crescer. Isso porque os processos mais utilizados hoje não abarcam essas duas características. Ao contrário, podem potencializar desequilíbrios. Normalmente, ter baixas temperaturas significa alto consumo de eletricidade, o que, por sua vez, geralmente significa uma alta pegada de carbono e o risco de emissões de gases refrigerantes que, muitas vezes, têm alto potencial para favorecer o aquecimento da Terra.

Cientistas da Universidade de Saarland, na Alemanha, estão desenvolvendo um sistema de refrigeração que pode romper esse ciclo. Trata-se de uma tecnologia que consegue resfriar o ar flexionando o que os criadores chamam de músculos artificiais, materiais com memória que conseguem dissipar o calor. "Nosso processo é energeticamente eficiente e não requer o uso de fluidos refrigerantes prejudiciais ao clima. Na verdade, nossa tecnologia é até 15 vezes mais eficiente do que os sistemas baseados em refrigerantes convencionais", compara, em comunicado, Stefan Seelecke, o líder do grupo.

Segundo o cientista, a União Europeia e o Departamento de Energia dos Estados Unidos avaliaram o projeto e o consideram a alternativa mais promissora à tecnologia de refrigeração por compressão de vapor em uso atualmente. No momento, o grupo desenvolve a solução para uso em sistemas de refrigeração para veículos elétricos, mas a expectativa é de que ela seja usada em cenários diversos, incluindo ambientes industriais.

Os chamados músculos artificiais são fibras compostas por feixes de fios ultrafinos feitos da liga de níquel-titânio (nitinol) e com memória de forma — ou seja, têm a propriedade especial de retornar à forma anterior após serem esticados ou deformados. Assim, eles conseguem, como os músculos humanos, tensionar e relaxar.

Isso acontece por conta de características específicas da estrutura da liga metálica. Seus átomos estão dispostos em uma estrutura de rede cristalina. Se o fio de níquel-titânio é deformado ou puxado, as camadas de átomos no cristal da treliça se movem uma em relação à outra, criando tensão dentro do material. Quando o fio retorna à forma original, essa tensão é liberada.

Conhecidas como transições de fase, essas mudanças na estrutura cristalina do material fazem com que os fios absorvam ou liberem calor. É esse efeito que Seelecke e sua equipe estão explorando no novo sistema de refrigeração. "O material com memória de forma libera calor para seu entorno quando é carregado mecanicamente em seu estado superelástico e absorve calor de seu entorno quando é descarregado. Esse efeito é particularmente pronunciado no caso do nitinol. Quando os fios de nitinol pré-esforçados são descarregados à temperatura ambiente, eles esfriam em até 20 graus", explica Seelecke.

Clique no link abaixo e leia a reportagem na íntegra
Correio Braziliense 06.06.2022.pdf