quinta-feira, 20 de julho de 2017

A história dos tubos gigantes fincados na Serra do Mar, Diário do Litoral

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Conjunto de tubulações transporta água para uma das mais antigas hidrelétricas do Brasil, a Henry Borden

 17 JUL 2017 Por Daniela Origuela  10h:30
   

O conjunto de oito tubulações pode ser visto de algumas cidades da Baixada Santista; há várias histórias que circulam sobre o que realmente passa por dentro delesO conjunto de oito tubulações pode ser visto de algumas cidades da Baixada Santista; há várias histórias que circulam sobre o que realmente passa por dentro deles / marcio galdino/divulgação/emae
Eles cruzam a serra do mar de cima abaixo e chamam atenção dos moradores de algumas cidades da Baixada Santista, principalmente em dias límpidos. Os oito longos tubos fincados no meio da mata atlântica mexem com o imaginário de muita gente. Há quem acredite que por eles desce petróleo, mas a verdade é que o conjunto de tubulações, que parece ter início em uma espécie de ‘catedral’ no alto da montanha, transporta água para uma das mais antigas usinas hidrelétricas do país, a Henry Borden, em Cubatão.
“Um acordo de concessão por 100 anos trouxe para o Brasil a Light que ficou responsável pelo transporte público elétrico e a iluminação pública, principalmente da região da Avenida Paulista onde estavam os barões do café. Mas numa velocidade muito alta percebem que a eletricidade é mais do que luxo e começam a ver vantagem na substituição de uma indústria de insipientes que havia tocada a vapor por eletricidade”, disse o tecnólogo Marcio Galdino, funcionário da Empresa Metropolitana de Águas e Energia (Emae), um dos mais antigos em atividade na Usina Henry Borden.
É Galdino que conduz a Reportagem a uma visita pelas instalações da usina, que fica no sopé da Serra do Mar. Inaugurada em 1926, ainda com o nome de Usina de Cubatão, na época a hidrelétrica foi considerada uma das mais modernas obras de engenharia. “A Light começa uma corrida de produção de energia. Com a demanda sempre muito maior que a oferta, nos principio do século XX, se tem a ideia de construir uma grande usina aproveitando a queda da Serra do Mar. Havia um curso de água natural, o Rio das Pedras. Ele foi represado. Construiu-se duas máquinas. Nasce ali a maior usina do hemisfério sul, que até então era a usina de Cubatão. O nome Henry Borden vem um pouco depois”, explicou o tecnólogo.
As máquinas que o tecnólogo se refere são os dois primeiros tubos de água que descem serra abaixo. O início da obra da usina contou com mão de obra externa. “Os materiais para a construção vieram de fora do Brasil. Era uma mão de obra muito especializada. Era uma região totalmente despovoada. Teve problema de malária e uma série de questões que influenciaram na construção”, explicou Galdino.
A ideia da tubulação foi para conseguir uma queda vertiginosa, utilizada por usinas de grande porte. No Brasil só existem duas que usam turbinas de alta queda, a de Henry Borden e a Parigot de Souza, no Paraná. “A tubulação foi construída para fazer com que a água do reservatório Rio das Pedras chegasse até a usina. A represa não está no limiar da serra. Está um pouco afastada. Há um túnel adutor que pega a água da represa. Ele tem aproximadamente 500 metros de extensão por cinco metros de diâmetro”, destacou o tecnólogo. O reservatório fica em São Bernardo do Campo e pode ser visto por quem passa pela Rodovia Anchieta. “Todo mundo acha que está vendo a Billings, mas ali é o Rio das Pedras. Na Imigrantes (rodovia) é a Billings”.
Ampliação
Com a demanda crescente por energia elétrica, a usina precisou ser ampliada. Vieram os outros tubos do conjunto em uma grandiosa obra de engenharia que incluiu a mudança de curso de um rio e formação da represa Billings, que aumentou a produção da Henry ­Borden.
“A ideia liderada por um engenheiro americano foi de conseguir águas para alimentar Henry Borden através do bombeamento de água do Rio Tietê. Existia uma afluente natural que era o Rio Pinheiros. Eles modificaram o curso desse rio e o tornou um canal. Ele passou a bombear e extrair água desse rio através de duas estações de bombeamento que há na cidade de São ­Paulo. ­Somando as duas estações de bombeamento formou-se o reservatório Billings. Então ela passa por essas duas primeiras máquinas para as atuais 14 e mantém o título de maior usina da América Latina até a construção da Usina de Furnas”, destacou Galdino­.
Caverna
A ampliação da Henry Borden se deu até 1950. Quem vê os oito tubos na serra, não imagina que por dentro da montanha existam outras seis tubulações que transportam água para a hidrelétrica. O conjunto termina no interior de uma caverna onde os geradores estão instalados. O Diário do Litoral conheceu as instalações. Há o mito de que o equipamento subterrâneo foi construído para proteger a usina, que foi atingida por bombas na Revolução de 1932.
“A opção pela construção no modo subterrâneo foi para evitar a colocação de mais tubos ao longo da encosta. Ancorar essa tubulação toda de forma segura na encosta foi muito complexo e caro. Nos anos 50, já havia uma tecnologia que tornava mais barata a construção, que era a perfuração de um túnel ao longo do interior da montanha. Foi feito um túnel adutor de três metros de diâmetro e 1.500 metros de extensão dentro da Serra do Mar para buscar água no reservatório rio das pedras e construir a usina subterrânea”, ressaltou Galdino.
Atual
A Henry Borden ainda gera energia em tempo real e integra o sistema interligado sul-sudeste do Brasil, que distribui eletricidade de forma compartilhada. Se atuasse de forma isolada, a usina teria capacidade de atender uma área com dois milhões de habitantes. A água dos tubos além de gerar energia, também auxilia no abastecimento da Estação de Tratamento da Sabesp em Cubatão.  

Cientistas podem ter criado a célula solar mais potente de todos os tempos Fonte: Ciclo Vivo

Cientistas norte-americanos desenvolveram uma célula que é capaz de converter a luz solar direta em eletricidade com eficiência de 44,5%. Isso a torna, potencialmente, a célula solar mais eficiente do mundo, pelo menos entre as disponíveis no mercado atualmente.
Os modelos atuais só convertem eletricidade com uma eficiência de cerca de 25%, no máximo. Para se ter uma ideia, a célula solar com a maior eficiência do Brasil apresenta 17,3% de aproveitamento. O impressionante produto desenvolvido agora na Universidade George Washington usa painéis fotovoltaicos concentradores (CPV) que empregam lentes para concentrar a luz solar em minúsculas células solares.
A tecnologia funciona com a célula empilhada que é quase como uma peneira para a luz solar, tendo materiais especializados em cada camada capazes de absorver a energia. “Nosso novo dispositivo é capaz de desbloquear a energia armazenada nos fótons de longa duração, perdidos nas células solares convencionais e, portanto, fornece um caminho para a realização da célula solar de multi-junção final”, afirma Dr. Matthew Lumb, principal autor do estudo e cientista de pesquisa da GW School of Engineering e Applied Science. Para isso, o produto usa materiais que geralmente são encontrados em aplicações para laser e fotodetectores infravermelhos.
Além disso, o procedimento de empilhamento usa uma técnica conhecida como transferência de impressão, que permite a montagem tridimensional destes minúsculos dispositivos com um alto grau de precisão, veja a ilustração abaixo.
Tal como acontece com qualquer tecnologia de conversão de energia, para maximizar a quantidade de energia produzida, pode-se aumentar a quantidade de conversores ou melhorar a eficiência dos próprios conversores. Se essa tecnologia for ampliada, os painéis solares exigiriam cerca de metade do espaço para produzir a mesma quantidade de energia que os sistemas existentes hoje devido à sua maior eficiência. Isso talvez justificaria o preço de desenvolver esta célula solar que inicialmente é bastante cara.
O uso de energia solar é crescente em todo o mundo, e isso a tornará cada vez mais acessível. Por isso, é importante buscar sempre por novas soluções que a torne mais eficiente e capaz de, em conjunto com outras alternativas renováveis, substituir as fontes oriundas de combustíveis fósseis.

Governo de São Paulo cria grupo de trabalho para combater roubos em dutos de petróleo e gás GSP

Fonte: Secretaria de Energia e Mineração
GT vai integrar representantes do Ministério Público, Polícia Civil, Polícia Militar, Petrobras e das Secretarias da Segurança Pública e de Energia e Mineração


dutos
Uma sequência de tentativas de roubo em dutos da Petrobras, que transportam petróleo e gás por São Paulo, levou o Governo do Estado a instituir um grupo de trabalho que irá estudar ações de prevenção e combate aos criminosos. A decisão de constituir o grupo foi tomada em junho, após uma reunião dos secretários de Energia e Mineração e da Segurança Pública com representantes da Petrobras.
O grupo de trabalho será formado por representantes do gabinete da Secretaria da Segurança Pública, Delegacia Geral de Polícia, Comando Geral de Polícia Militar, Ministério Público Estadual, Petrobras e Secretaria de Energia e Mineração.
“O petróleo, por ser uma das commodities mais valiosas do mundo e por ter a característica de transporte por dutos, que passam por locais poucos habitados e de grande vegetação, desperta o interesse dos criminosos”, explica o secretário de Energia e Mineração, João Carlos Meirelles.
São Paulo é o terceiro maior produtor de petróleo do Brasil com produção atual média de 455 mil barris de óleo equivalente por dia. Devido a presença de quatro refinarias no Estado, que juntas são capazes de processar mais de 927 mil barris de petróleo por dia, aproximadamente 39% da capacidade de refino nacional, São Paulo responde pela maior parte da carga processada do país e pela produção dos principais derivados de petróleo como gasolina, diesel, óleo combustível, GLP – gás liquefeito de petróleo, querosene de aviação, coque e nafta, que abastecem o mercado nacional.
Essa é a primeira resolução conjunta entre as duas Secretarias, publicada nesta sexta-feira, 7 de julho, no Diário Oficial do Estado. O grupo de trabalho será presidido pelo secretário-adjunto da Segurança Pública, Sérgio Sobrane, que realizará encontros mensais com os participantes do grupo na sede da Secretaria.
“Trata-se de uma importante iniciativa para combater uma modalidade criminosa que preocupa pelo grande potencial de risco para toda a sociedade”, afirma o secretário da Segurança Pública, Mágino Alves Barbosa Filho.
Em abril deste ano, criminosos tentaram roubar dutos da Petrobras em Santo André, no ABC Paulista, mas acabaram perfurando uma tubulação de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP). O vazamento foi contido pelos técnicos da Petrobras.
Já no mês de maio a polícia civil de Artur Nogueira, no interior do Estado, descobriu um túnel usado para desviar combustível da Petrobras. Um buraco com uma ligação clandestina foi localizado em um duto que transporta o produto da refinaria de Paulínia até uma das unidades da empresa em Brasília.
De acordo com a polícia, funcionários da empresa desconfiaram do problema quando perceberam uma queda na pressão do duto no ponto onde havia o desvio. Técnicos verificaram a rede e os policiais encontraram um sítio onde havia um alojamento antigo, que estava sendo usado para cometer o crime.