Fonte: Fato Online - 25.10.2015
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Os dados são da Abilux (Associação Brasileira da Indústria de Iluminação) que explica que a queda dessa indústria nacional de lâmpadas começou em 2001. A partir daí, houve uma procura intensa por lâmpadas mais eficientes e o mercado brasileiro foi invadido pelos itens produzidos na China onde havia mais incentivos à fabricação e as lâmpadas importadas ficaram muito mais baratas que as produzidas no Brasil. Com isso, a produção local perdeu espaço. O diretor administrativo da Abilux, Marco Poli, conta que o Brasil já teve uma grande produção de lâmpadas, mas não resistiu à competição dos produtos chineses mais modernos e mais baratos. Ainda segundo a Abilux, dos US$ 544 milhões em lâmpadas importadas no primeiro semestre deste ano, US$ 472 milhões são do tipo fluorescentes e US$ 72 milhões do tipo LED (do inglês, Light Emitting Diode). Esses dois tipos são mais eficientes, consomem menos energia e duram por mais tempo do que as do modelo incandescente, que eram as mais comuns antes de 2001 por serem também mais baratas. Fim das incandescentes Em 2016, o Brasil deve encerrar o comércio de lâmpadas incandescentes. O fim desse tipo de lâmpada, que gasta muito mais energia, faz parte da política nacional de eficiência energética. As mudanças começaram em 30 de junho de 2012, com as lâmpadas de potência igual ou superior a 150 W. O processo de substituição deve se encerrar em junho de 2016, com a participação de unidades com potência inferior a 40 W. Em 2001, a indústria de lâmpadas no país praticamente se extinguiu e restou apenas a fábrica Osram, em Osasco (SP), afirmou o diretor técnico da Abilumi (Associação Brasileira de Importadores de Produtos de Iluminação), Alfredo Bomilcar. Mais recentemente, no entanto, começaram a surgir fábricas de lâmpadas mais modernas do tipo LED. Atualmente, há cerca de 20 indústrias fabricando essas lâmpadas, que produziram 2,5 milhões de itens em 2014, 10% do total de LEDs consumidas no país. LED impulsionará indústria local A aposta da produção de lâmpadas no Brasil está centrada na popularização do tipo LED. Marco Poli destaca que o setor de iluminação está trabalhando para garantir competitividade às fabricas de lâmpadas desse modelo. “Não vale a pena mais você querer investir em fábrica de lâmpadas fluorescentes. Aos poucos o mercado vai migrar para o modelo LED, que é mais moderno”, afirmou. Ele lembra até a China, que domina o mercado mundial de lâmpadas fluorescentes, está transferindo incentivos fiscais para a produção de LED. Parte desse apoio para garantir competitividade inclui a regulamentação desse tipo de lâmpada para que o produto nacional possa competir com igualdade com o importado. Poli relata que hoje parte do que é importado tem qualidade inferior e por isso custa menos, o que acaba prejudicando o produto nacional. A partir de dezembro de 2015, começa a entrar em vigor a regulamentação do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia) com critérios mínimos que terão que ser atendidos pelas lâmpadas. Por seis meses, os importadores ainda poderão comercializar o produto que não atendem aos critérios e depois, por mais seis meses, o comércio varejista poderá vender as LED. Com a nova regulamentação o mercado acredita que poderá dar impulso à produção nacional. Além disso, os produtores têm negociado com o governo para que órgãos públicos dêem preferência para produtos nacionais. Segundo Bomilcar, o mercado de LED está crescendo de 20% a 30% ao ano e em três anos esse tipo de lâmpada será a maioria no mercado. |
terça-feira, 27 de outubro de 2015
Brasil importa mais de 90% das lâmpadas que consome
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