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Segundo informações do Estadão, serão as duas primeiras instalações do Estado para captar o esgoto e transformá-lo em água de reúso, que servirá mais tarde para o consumo. Ainda em fase de projeto, as estações têm previsão de entrega para dezembro de 2015.
"Na estação do Guarapiranga, vamos gerar 2 metros cúbicos por segundo de água de reúso. Teremos esse valor a mais sendo devolvido ao Guarapiranga independentemente de chuva", explicou Alckmin. A outra estação será feita na região do Rio Cotia e terá capacidade de produção de 1 metro cúbico por segundo. Cada metro cúbico de água é suficiente para abastecer 300 mil pessoas, segundo o governador.
Alckmin também anunciou a construção de 29 reservatórios, que aumentarão em 10% a capacidade de reserva de água tratada na Região Metropolitana. Segundo o governador de São Paulo, a Sabesp vai aumentar a água da Represa Billings para o Sistema Guarapiranga. O volume repassado passará dos atuais 2 para 4 metros cúbicos por segundo. Por essa razão foi reduzida há um mês a água enviada da Billings para a usina hidrelétrica do litoral.
Existe, inclusive, de acordo com Hespanhol, uma resistência cultural ao uso de esgoto tratado para o abastecimento.
As medidas de reforço nos demais sistemas de abastecimento da Região Metropolitana têm como objetivo diminuir a demanda sobre o Sistema Cantareira. Atualmente, 2,3 milhões de consumidores deste último são atendidos pelo Guarapiranga e Alto Tietê.Em 17 de outubro, o EcoD publicou as opiniões do professor Ivanildo Hespanhol (Poli-USP) sobre o reúso de água em São Paulo. Na concepção do especialista, a região metropolitana precisa começar a reusar a água para que o sistema hídrico tenha sustentabilidade.
"Nós continuamos trazendo água de fora, produzindo esgoto e não tem nem planejamento para tratá-lo", criticou Hespanhol. Aproveitando as estações existentes, o sistema de tratamento poderia, de acordo com o professor, ser aprimorado para que essa água fosse destinada para aproveitamento não potável, como o uso industrial. Isso, seria, na opinião do especialista, uma
Resistência cultural
Existe, inclusive, de acordo com Hespanhol, uma resistência cultural ao uso de esgoto tratado para o abastecimento. “A nossa percepção cultural inibe a utilização de esgoto como água potável ou não potável”, destacou.
O professor garante, entretanto, que os processos de reúso podem transformar o esgoto em água e ser usada para qualquer finalidade. Para o abastecimento das cidades, Hespanhol diz que a água de reúso pode ser misturada a água usada normalmente para o abastecimento. “Onde ele seria diluído, teria a qualidade melhorada, voltaria para estação de tratamento, produzindo água”, detalhou.
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