Eleito pelo PSDB, o aliado de Marina enfrenta processo por infidelidade partidária desde que migrou para o PSB
05 de fevereiro de 2014 | 17h 01
Ricardo Della Coletta - O Estado de S. Paulo
Brasília - Um dos principais aliados da ex-senadora Marina Silva, o deputado federal Walter Feldman (PSB-SP) anunciou na tarde desta quarta-feira, 5, no Plenário da Câmara, o seu licenciamento do cargo. Como justificativa, ele disse que pretende devolver o mandato ao partido que o elegeu, o PSDB, uma vez que ao migrar para o PSB junto com Marina passou a trabalhar por candidaturas que serão adversárias dos tucanos.
Feldman se transferiu para a sigla do presidenciável e governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), em outubro, quando a Justiça Eleitoral negou o registro da Rede Sustentabilidade, partido que Marina Silva tentava criar. Com a troca de siglas, Feldman passou a responder a um processo por infidelidade partidária movido pelo Ministério Público.
"Enfrentaremos o pedido de perda de mandato pela infidelidade partidária, que nunca tive, porque sempre manifestei publicamente ao PSDB (minha intenção de trabalhar pela criação da Rede)", declarou Feldman em Plenário.
Em São Paulo, Feldman é um dos defensores de uma chapa própria do PSB e da Rede, que, caso se viabilize, enfrentará o governador Geraldo Alckmin (PSDB). Já nacionalmente, o ex-tucano atua pela candidatura de Campos, que também vai disputar votos com Aécio Neves (PSDB).
"O meu mandato original é pelo PSDB", argumentou Feldman ao Broadcast Político. Ele disse que "não se sentia bem" com a situação.
Feldman disse também que tinha a intenção de devolver o mandato ao PSDB renunciando ao cargo, mas optou pela licença para evitar um entendimento de que ele estaria adotando uma manobra para fugir da ação eleitoral. Agora, o deputado licenciado diz que vai se concentrar na sua defesa na oficialização da Rede Sustentabilidade e também na sua profissão de formação, a medicina.
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