O deputado federal Aécio Neves (MG) assumirá a presidência nacional do PSDB no próximo dia 27 de novembro e diz que sua missão será reerguer o partido, que sofreu uma debandada de quadros nos últimos anos.
"Assumo com muita disposição de fazer o PSDB grande de novo", diz Aécio, que já presidiu o partido na década passada. A meta, segundo ele, é eleger cerca de 30 deputados federais em 2026 e assim "entrar no debate político".
A aposta do tucano, um dos últimos quadros de expressão nacional que permaneceram na legenda, é na diminuição da polarização entre lulistas e bolsonaristas.
"Não vai deixar de existir esquerda e direita, bolsonarismo e lulopetismo, mas minha percepção é que essa polarização não se manterá no tamanho que é hoje", afirma.
Isso ocorreria em razão do declínio político de Jair Bolsonaro, que foi condenado à prisão, e do próprio Lula, mesmo que se reeleja no ano que vem.
"Essa avenida do centro se amplia já a partir de 2026, com a vitória ou não do Lula. Mesmo ganhando, ele não será um protagonista, um agente condutor do processo futuro", afirma.
Aécio, que será confirmado no cargo após eleição do diretório nacional do partido, diz que o PSDB precisa resgatar suas principais bandeiras e se atualizar em outras, como segurança, política ambiental e relações externas.
"Somos oposição ao PT, mas oposição que tem um projeto para o país, e queremos superar esse momento em que as pessoas votam ‘não’ ao Lula ou ao Bolsonaro em vez de ‘sim’ a um projeto responsável, ousado, com gestão qualificado", afirma.

