quinta-feira, 12 de abril de 2018

Novos totens do Poupatempo serão instalados no comércio



Nos últimos dois anos, mais de 6 milhões de atendimentos foram realizados pelas máquinas de serviços públicos em SP
Qua, 11/04/2018 - 13h37 | Do Portal do Governo
O Poupatempo ampliará o número de totens de autoatendimento em shoppings, supermercados e outros locais de grande circulação de público. A Companhia de Processamento de Dados do Estado de São Paulo (Prodesp), que administra o Poupatempo, publicou uma convocação de empresas interessadas em ter as máquinas de serviços públicos automatizados em suas instalações.
Os totens já prestaram mais de 6 milhões de atendimentos nos últimos dois anos, desde que começaram a ser instalados nas maiores unidades do programa. Desde o início deste ano, o Poupatempo começou a instalar os aparelhos de autoatendimento fora das suas instalações, em grandes centros de varejo e estações do Metrô.
Os totens permitem que o próprio cidadão solicite, sem intermediários, a 2ª via de RG ou da CNH, se já estiver na base de dados biométricos. Os documentos são entregues em casa.
Os equipamentos também imprimem na hora, e de graça, o Atestado de Antecedentes Criminais. O cidadão também pode fazer o agendamento de dia e hora para ser atendido em uma das 71 unidades fixas do Poupatempo.
Inscrições
O prazo para a inscrição de empresas interessadas no processo segue até o dia 7 de maio. As manifestações de interesse devem ser feitas exclusivamente de forma eletrônica, pelo endereço eletrônico: crcarcassoli@sp.gov.br.
A solicitação deve conter nome e CNPJ do estabelecimento, descrição do endereço completo, inclusive com CEP, números de telefones comercial e celular, foto do local proposto, nome completo do responsável e indicação de pleno atendimento dos requisitos do Edital nº 001/2018, publicado em 4 de abril.
O chamamento é aberto a shoppings centers, supermercados, centros comerciais e demais locais com acesso ao público em geral. Os pontos devem ser fechados, com vigilância, acessível a portadores de necessidades especiais. O interessado deverá arcar com o custo mensal do totem de autoatendimento.
Processo
As solicitações serão atendidas por ordem de chegada dos e-mails, dentro do prazo estabelecido e de acordo com a quantidade de equipamentos disponíveis, desde que atendam às exigências do edital. As manifestações de interesse que não puderem ser atendidas, pelas quantidades previstas neste Chamamento Público, serão registradas em uma lista de espera, respeitando-se a ordem de chegada dos e-mails.
Assim que forem disponibilizados novos equipamentos, os proponentes serão acionados por meio de seu endereço eletrônico, para que informem se ainda possuem interesse. O resultado do processo de seleção será divulgado no Diário Oficial do Estado e na página do site da Cia de Processamento de Dados do Estado de São Paulo, no link “Fornecedores-Chamamento Público”. O Edital nº 001/2018 pode ser consultado e impresso através do site da Prodesp.

11.04.18 Com eficiência energética, indústria pode economizar R$ 4 bilhões por ano


11.04.18
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Com eficiência energética, indústria pode economizar R$ 4 bilhões por ano

São Paulo – Estudo aponta que medidas simples podem reduzir em até 70% o consumo de energia

Raul Pereira
São Paulo - Num período em que o custo com energia elétrica está cada vez mais elevado, a busca pela eficiência energética é um dos principais aliados para manter a sustentabilidade e competividade das empresas brasileiras. Estudo apresentado nesta terça-feira (10/04) pela Comerc Esco, subsidiária de eficiência energética da comercializadora de energia Comerc, apontou que a indústria tem potencial de economizar cerca de R$ 4 bilhões por ano em energia elétrica apenas com a adoção de soluções simples de eficiência energética. Cálculos da empresa demonstram que com investimentos relativamente baixos o setor industrial, já em 2020, poderia alcançar esse patamar de economia, que é equivalente a 16,330 milhões de MWh. “Estamos falando de investimentos pontuais, os quais se pagam, em média, entre um e seis anos, conforme o tipo de projeto, com economia obtida na conta de luz”, disse o diretor da empresa Marcel Haratz durante a apresentação da pesquisa (foto).

Os dados do estudo mostram que projetos de eficiência energética possuem um potencial de redução de energia de até 70% em áreas como iluminação, climatização, refrigeração, ar comprimido e motores elétricos. De maneira global, a redução mensal pode chegar até 25%, com o retorno do investimento podendo variar entre seis e 72 meses.

No caso da indústria, os maiores ganhos em eficiência estão nos sistemas de iluminação (70%), motores elétricos (30%), ar-comprimido (30%) e climatização (50%). O estudo da Comerc aponta que essa redução no consumo de eletricidade pode trazer grandes benefícios para o país, tanto na área econômica, quanto na ambiental. O potencial de economia é equivalente a 41% da geração total da hidrelétrica de Belo Monte ou 17,9% da geração de Itaipu. Com essa economia, o Brasil ficaria mais próximo de países como Japão e da União Europeia, cuja a indústria já trabalha com elevados níveis de eficiência energética. Já o meio ambiente ganharia com a redução de emissões de gases poluentes. Com o aprimoramento do uso da energia elétrica, mais de 6 milhões de toneladas de CO2 deixariam de ser liberados na atmosfera pelo Brasil anualmente.

“Quando economizamos energia, deixamos de pressionar o sistema elétrico, o que significa que o Brasil passa a poder postergar investimentos vultosos em infraestrutura. Outro benefício considerável é que reduzimos impactos ambientais, decorrentes da emissão de gases de efeito estufa causados pela geração desnecessária dessa energia, que hoje é desperdiçada”, disse Haratz na sua apresentação.
Retorno do investimento em eficiência energética pode variar de 6 a 72 meses. A redução no consumo de energia pode chegar a 70%

Outro segmento com grande potencial de economia de energia é o comércio. Esse segmento tem condições de reduzir o seu consumo em 7,028 MWh, o equivalente a R$ 2,4 bilhões em gastos com eletricidade. Se somados, as ações de eficiência energética da indústria e comércio podem gerar uma economia de quase R$ 6,5 bilhões. Para o planeta, os benefícios também seriam significativos, já que deixariam de ser liberados para atmosfera 8,6 milhões de toneladas de CO2 equivalente, quantidade semelhante a uma área de 18,3 mil hectares de reflorestamento.

Por outro lado, quando a eficiência energética é negligenciada, as despesas com energia elétrica podem chegar a um patamar que compromete o funcionamento e a competitividade das empresas. Utilizando o valor médio das tarifas cobradas em 2018, a Comerc mostra que um shopping center, com uma conta mensal de R$ 800 mil, tem o potencial de reduzir em até 25% os gastos com climatização e 21% os de iluminação. Esses percentuais representam uma economia mensal de, no mínimo, R$ 368 mil em energia. Já, uma indústria de vestuário, com uma conta mensal de R$ 1,5 milhão teria condições de reduzir sua conta de luz em pelo menos 20% apenas com a substituição de motores elétricos antigos por modelos mais eficientes.

Para 2018, a A Comerc Esco tem como meta aumentar em cinco vezes o volume de investimentos em projetos de eficiência energética. A empresa, que desenvolve o negócio pelo Modelo de Performance, no qual ela faz o investimento e é remunerada pela economia gerada pelas ações de eficiência energética, estima alcançar neste ano R$ 50 milhões em novos contratos, principalmente nos segmentos de indústria e comércio.

quarta-feira, 11 de abril de 2018

Plantar árvores nas cidades devia ser visto como uma medida de saúde pública, diz cientista

Ese as cidades conseguissem, com uma só medida, reduzir a obesidade e a depressão, aumentar a produtividade e o bem-estar e diminuir a incidência de asma e doenças cardíacas nos seus habitantes? As árvores urbanas oferecem todos estes benefícios e muito mais: filtram o ar, ajudando a remover as partículas finas emitidas pelos carros e fábricas, retêm a água da chuva e diminuem as despesas com o aquecimento.

Num novo relatório, realizado pela organização The Nature Conservancy, os cientistas defendem que as árvores urbanas são uma importante estratégia para a melhoria da saúde pública nas cidades, devendo ser financiadas como tal. 

“Há muito tempo que vemos as árvores e os parques como artigos de luxo; contudo, trazer a natureza de volta para as cidades é uma estratégia crítica para se melhorar a saúde pública”, disse Robert McDonald, cientista da The Nature Conservancy e coautor do relatório. 

Todos os anos, entre três e quatro milhões de pessoas morrem, em todo o mundo, devido à poluição atmosférica e aos seus impactos na saúde humana. A poluição do ar aumenta o risco de doenças respiratórias crónicas, havendo estudos que a associam ainda às doenças cardiovasculares e ao cancro. As ondas de calor nas zonas urbanas também fazem milhares de vítimas, por ano. Vários estudos têm demonstrado que o arvoredo urbano pode ser uma solução eficaz em termos de custos para ambos estes problemas. 



Apesar de todos os estudos que documentam os benefícios dos espaços verdes, muitas cidades ainda não veem a ligação entre a saúde dos moradores e a presença de árvores no ambiente urbano. 
Robert McDonald defende a necessidade da cooperação entre diferentes departamentos e a inclusão da natureza nos debates sobre ordenamento urbano. 

“Não é suficiente falar-se apenas das razões que tornam as árvores tão importantes para a saúde. Temos de começar a discutir as razões sistemáticas por que é tão difícil para estes sectores interagirem – como o sector florestal pode começar a cooperar com o de saúde pública e como podemos criar ligações financeiras entre os dois”, disse o investigador. 

“A comunicação e a coordenação entre os departamentos de parques, florestas e saúde pública de uma cidade são raras. Quebrar estas barreiras pode revelar novas fontes de financiamento para a plantação e gestão de árvores.” 

O cientista dá como exemplo a cidade de Toronto, onde o departamento de saúde pública trabalhou em conjunto com o florestal para fazer frente à ilha de calor urbano. Como muitos edifícios em Toronto não possuem ar condicionado, os dois departamentos colaboraram de forma a colocarem, estrategicamente, árvores nos bairros onde as pessoas estão particularmente vulneráveis ao calor, devido ao seu estatuto socioeconómico ou idade. 



O relatório diz ainda que o investimento na plantação de novas árvores – ou até na manutenção das existentes – está perpetuamente subfinanciado, mostrando que as cidades norte-americanas estão a gastar menos, em média, no arvoredo do que nas décadas anteriores. Os investigadores estimaram que despender apenas $8 (7€) por pessoa, por ano, numa cidade dos EUA, poderia cobrir o défice de financiamento e travar a perda de árvores urbanas e dos seus potenciais benefícios. 

Outros trabalhos também têm mostrado que o arvoredo urbano tem um valor monetário significativo. Segundo um estudo do Serviço Florestal dos EUA, cada $1 gasto na plantação de árvores tem um retorno de cerca de $5,82 em benefícios públicos.

Num outro estudo, uma equipa de investigadores da Faculdade de Estudos Ambientais da Universidade do Estado de Nova Iorque concluiu que os benefícios das árvores para as megacidades tinham um valor médio anual de 430 milhões de euros (505 milhões de dólares), o equivalente a um milhão por km2 de árvores. Isto deve-se à prestação de serviços como a redução da poluição atmosférica, dos custos associados ao aquecimento e arrefecimento dos edifícios, das emissões de carbono e a retenção da água da chuva. 



Com demasiada frequência, a presença ou ausência de natureza urbana, assim como os seus inúmeros benefícios, é ditada pelo nível de rendimentos de um bairro, o que resulta em desigualdades dramáticas em termos de saúde. De acordo com um estudo da Universidade de Glasgow, a taxa de mortalidade entre os homens de meia-idade que moram em zonas desfavorecidas com espaços verdes é inferior em 16% à dos que vivem em zonas desfavorecidas mais urbanizadas. 

Para Robert McDonald, a chave é fazer-se a ligação entre as árvores urbanas e os seus efeitos positivos na saúde mental e física. “Um dos grandes objetivos deste relatório é fazer com que diversos serviços de saúde vejam que deviam estar a participar na discussão para tornar as cidades mais verdes”, declarou. “As árvores urbanas não podem ser consideradas um luxo, dado que constituem um elemento essencial para uma comunidade saudável e habitável e uma estratégia fundamental para a melhoria da saúde pública.”