terça-feira, 2 de setembro de 2014

Produção de petróleo aumenta 14,8% e a de gás natural 12% em julho

or favor, corrijam a informação abaixo, em negrito e sublinhada, no release do boletim da produção. A comparação correta é com o mês de julho de 2013.
Queima de gás
O aproveitamento do gás natural no mês foi de 94,9%. A queima de gás natural em julho foi cerca de 4,5 milhões de metros cúbicos por dia, um aumento de aproximadamente 5,6% em relação ao mês anterior e de 54,4% em relação a julho de 2013. O principal motivo para o aumento da queima de gás natural foi o comissionamento da plataforma P-58, que iniciou operação nos campos de Baleia Azul, Baleia Franca e Jubarte.




Produção de petróleo aumenta 14,8% e a de gás natural 12% em julho
A produção total de petróleo e gás natural no Brasil no mês de julho atingiu 2,82 milhões de barris de óleo equivalente (BOE) por dia, sendo 2,267 milhões de barris diários de petróleo e 87,9 milhões de metros cúbicos de gás natural. O volume é o maior já registrado, superando o do mês anterior, quando a produção de petróleo e gás natural totalizou 2,79 milhões de barris de óleo equivalente por dia. A produção de petróleo também superou a marca de 2,246 milhões de barris por dia, alcançada no mês anterior. Houve aumento de 1% na produção de petróleo em relação a junho de 2014 e de 14,8% na comparação com julho de 2013. A produção de gás natural superou em 1,5% a do mês anterior, de 86,6 milhões de metros cúbicos por dia, e em 12% a de julho de 2013. As informações são do Boletim da Produção da ANP, disponível em http://www.anp.gov.br/?pg=71248.
Pré-sal
A produção no pré-sal diminuiu 0,1% em relação ao mês anterior, totalizando 582,8 mil barris de óleo equivalente por dia, sendo 480,8 mil barris diários de petróleo e 16,2 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia. A produção teve origem em 34 poços, localizados nos campos de Baleia Azul, Baleia Franca, Jubarte, Barracuda, Caratinga, Búzios, Linguado, Lula, Marlim Leste, Pampo, Sapinhoá, Trilha e nas áreas de Iara e Entorno de Iara. Os poços do “pré-sal” são aqueles cuja produção é realizada no horizonte geológico denominado pré-sal, em campos localizados na área definida no inciso IV do caput do art. 2º da Lei nº 12.351, de 2010.
Queima de gás
O aproveitamento do gás natural no mês foi de 94,9%. A queima de gás natural em julho foi cerca de 4,5 milhões de metros cúbicos por dia, um aumento de aproximadamente 5,6% em relação ao mês anterior e de 54,4% em relação a junho de 2013. O principal motivo para o aumento da queima de gás natural foi o comissionamento da plataforma P-58, que iniciou operação nos campos de Baleia Azul, Baleia Franca e Jubarte.
Campos produtores
Em torno de 90,7% da produção de petróleo e gás natural foram provenientes de campos operados pela Petrobras. Aproximadamente 92,5% da produção de petróleo e 73,5% da produção de gás natural do Brasil foram extraídos de campos marítimos. O campo de Roncador, na bacia de Campos, foi o de maior produção de petróleo, com média de 273,1 mil barris por dia. O maior produtor de gás natural foi o campo de Mexilhão, na bacia de Santos, com média diária de 6,8 milhões de metros cúbicos.
A plataforma P-52, localizada no campo de Roncador, produziu, através de 14 poços a ela interligados, cerca de 133,3 mil barris de óleo equivalente por dia e foi a unidade com maior produção. Os campos cujos contratos são de acumulações marginais produziram um total de 94,5 barris diários de petróleo e 2,2 mil metros cúbicos de gás natural por dia. Dentre esses campos, Bom Lugar, operado pela Alvopetro, foi o maior produtor de petróleo e gás natural, com 35,4 barris de óleo equivalente por dia.
A produção procedente das bacias maduras terrestres (campos/testes de longa duração das bacias do Espírito Santo, Potiguar, Recôncavo, Sergipe e Alagoas) foi de 171,7 Mboe/d, sendo 141,6 Mbbl/d de petróleo e 4,8 MMm³/d de gás natural. Desse total, 4,2 Mboe/d foram produzidos por concessões não operadas pela Petrobras, sendo 351 boe/d no Estado de Alagoas, 2.109 boe/d na Bahia, 35 boe/d no Espírito Santo, 1.438 boe/d no Rio Grande do Norte e 247 boe/d em Sergipe.
Outras informações
Em junho, 306 concessões, operadas por 23 empresas, foram responsáveis pela produção nacional. Destas, 85 são concessões marítimas e 221 terrestres. Vale ressaltar que, do total das concessões produtoras, duas encontram-se em atividade exploratória e produzindo através de Teste de Longa Duração (TLD) ou Teste de Formação (TFR), e outras seis são relativas a contratos de áreas contendo acumulações marginais.
O grau API médio do petróleo produzido no mês foi de aproximadamente 24,5°, sendo que 9,7 % da produção é considerada óleo leve (>=31°API), 60% é óleo médio (>=22°API e <31 09="" 30="" a="" acordo="" anp="" classifica="" com="" da="" de="" e="" font="" leo="" n="" o="" pesado="" portaria="">
A produção de petróleo e gás natural no Brasil foi oriunda de 9.050 poços, sendo 813 marítimos e 8.237 terrestres. O campo com o maior número de poços produtores foi Canto do Amaro, bacia Potiguar, com 1.110 poços. Marlim, localizado na bacia de Campos, foi o campo marítimo com maior número de poços produtores, 62 no total.

Brasil: campeão mundial na violência contra professores


Publicado por Luiz Flávio Gomes - 21 horas atrás
O Brasil que pegou o caminho errado (estamos falando do Brasil fundado na “filosofia” de Valesca Popuzuda: “tiro, porrada e bomba”) está levando os brasileiros a conhecerem as profundezas do inferno descrito por Dante, na Divina Comédia. Que falta nos faz um estadista com sentido moral, absolutamente comprometido com sua não reeleição, que promova mudanças estruturais radicais!
Pesquisa divulgada pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econônico (OCDE) apontou o Brasil como o país com o maior número de casos de violência contra professores. O estudo, chamado Talis (Teaching and Learning International Survey), foi baseado em um questionário internacional de larga escala que focava as condições de trabalho dos professores e da aprendizagem nas escolas, com o objetivo de formular políticas públicas a respeito do tema. Foram entrevistados mais de 100 mil professores e diretores de escolas do segundo ciclo do ensino fundamental e do ensino médio em 34 países.
A pesquisa revelou que 12,5% dos professores entrevistados no Brasil disseram ser vítimas de agressões verbais ou de intimidação de alunos pelo menos uma vez por semana, ocupando a pior posição nessa área dentre todos os países pesquisados, que apresentam a média de 3,4%. Colados no Brasil estão a Estônia (11%) e a Austrália (9,7%). Coréia do Sul, Malásia e Romênia aprensentaram índice zero de violência contra os professores. O Brasil, com sua cultura de tolerância zero, se transformou no campeão mundial em violência contra professores; a Coreia do Sul tem violência zero. Por que somos tão diferentes?
Em 1964 o Brasil, por meio de um golpe de estado, tomava a decisão de mergulhar no inferno da política do “tiro, porrada e bomba”. Resultado: milhares de desaparecidos, centenas de mortos, estupros, tortura, exílios, 21 anos de regime militar, perda do poder aquisitivo do salário mínimo, aumento na concentração de renda e da desigualdade, freio nas liberdades, escolaridade baixíssima etc. Com a redemocratização do país (1985), os novos donos do poder se livraram da vida militarizada, mas a filosofia da violência não saiu de dentro deles. Resultado: não conseguimos sair do atraso socioeconômico e educacional: 95º lugar no IDH (computando a desigualdade), campeão mundial em homicídios (em números absolutos: 57 mil por ano), ¾ da população são de analfabetos funcionais, taxa de 29 assassinatos para cada 100 mil pessoas, aqui estão 16 das 50 cidades mais violentas do planeta, aqui acontecem 11% de todos os assassainatos do mundo etc.
No mesmo ano (1964) a Coreia do Sul (que tinha renda per capita muito inferior ao Brasil) tomava a decisão de colocar todo mundo nas escolas (desde o jardim da infância até às universidades). Aqui, “tiro, porrada e bomba”; lá, “civilização, conhecimento, tecnologia e cidadania”. Resultado: lá não existe violência contra os professores, 2/3 da população têm formação superior, renda per capita 3 vezes maior que a brasileira, 2 assassinatos para cada 100 mil pessoas, 15º no IDH etc.
Cada país tem sua história, é verdade, mas essa história não brota da terra como produto da natureza. Ela é construída pelas decisões de suas lideranças. Algumas são competentes e têm visão de futuro, outras não. Os resultados entre os vários países mostram as diferenças (os erros e acertos).
A pesquisa da OCDE ainda indicou que, apesar dos problemas, a grande maioria dos professores no mundo se diz satisfeita com o trabalho; eles são apoiados e reconhecidos pela institutição escolar assim como pela sociedade em geral. Com relação à satisfação dos professores brasileiros na carreira, apenas 12,6% acreditam que exista uma valorização da profissão pela sociedade. Nesse item estamos entre os dez últimos no ranking. A média global de satisfação dos professores é de 31%. A Eslováquia é a última: apenas 3,9% dos entrevistados acreditam serem respeitados pela sociedade, seguida de França e Suécia com 4,9%. Os professores brasileiros recebem 1,9 mil reais por mês, três vezes menos que a média total dos países da OCDE, de 5,7 mil reais. Entra governo e sai governo e os professores continuam mal pagos, maltratados, desestimulados e desesperançados.
Os donos do Brasil, invertendo a máxima de Pitágoras (grego, filósofo), preferem punir os adultos (sempre seletivamente) a educar as suas crianças. O que é isso? Falta de educação dos donos do país. Eles não sabem que “Educação é uma descoberta progressiva de nossa própria ignorância” (Voltaire, francês, filósofo).
Luiz Flávio Gomes
Professor
Jurista e professor. Fundador da Rede de Ensino LFG. Diretor-presidente do Instituto Avante Brasil. Foi Promotor de Justiça (1980 a 1983), Juiz de Direito (1983 a 1998) e Advogado (1999 a 2001). [ assessoria de comunicação e imprensa +55 11 991697674 [agenda de palestras e entrevistas] ]

domingo, 31 de agosto de 2014

Em cinco anos, 17 maternidades fecham as portas no Estado

Com cerca de 15 semanas de gravidez, Camila Raduan, 24, de São Bernardo do Campo (SP), teve um sangramento. Foi às pressas a uma maternidade perto de casa que atendia seu plano de saúde. Havia sido fechada.
Correu a um pronto-socorro. O bebê estava bem. Mas, para evitar surpresas, dias depois, Camila resolveu procurar um local para o parto. Sem sucesso: descobriu que outra maternidade particular havia encerrado as atividades.
Agora, com 37 semanas, está decidida: sem opções de seu plano na cidade, vai ter o filho em Santo André (SP).
Casos como esse vêm se repetindo devido ao fechamento em série de maternidades.
Nos últimos cinco anos, ao menos 17 encerraram suas atividades em São Paulo, segundo levantamento feito a pedido da Folha por entidades que reúnem clínicas e hospitais particulares no Estado -o Sindhosp e a Fehoesp.
Na capital, o tradicional hospital Santa Catarina anunciou que, após 35 anos de funcionamento, fechará a maternidade em outubro.
Para evitar ter o mesmo destino, a Santa Casa de Belo Horizonte lançou campanha na internet e negocia ajuda de governos. Novas consultas já não são marcadas.
O fechamento afeta também as vagas do SUS. Desde 2009, o país perdeu 4.086 leitos para gestantes, uma redução puxada pelos hospitais particulares conveniados ao SUS -nestes, a queda é de 36,5%. Nos hospitais públicos, houve aumento de 0,4%.
Não há dados consolidados sobre os leitos apenas da rede privada, mas gestores de hospitais confirmam que vêm diminuindo, principalmente devido à opção por áreas consideradas mais rentáveis, como oncologia e cardiologia.
"Muitos procedimentos nas maternidades são simples e pagam muito pouco", diz o presidente do Sindhosp, Yussif Ali Mere Jr. Para ele, o fechamento, em alguns casos, é uma questão de "sobrevivência" dos hospitais.
Visão similar tem Francisco Balestrin, da associação de hospitais particulares, que cita também uma redução na taxa de nascimentos no país.
No entanto, segundo os dados do SUS, a queda no número total de leitos a gestantes desde 2009, de 9%, já é maior que a de partos, de 5%.
Para o secretário de Atenção à Saúde Fausto Pereira dos Santos, do Ministério da Saúde, além da mudança demográfica, contribuem para o fechamento das maternidades regras que elevaram custos.
"Hoje é inadmissível não ter retaguarda de um leito de UTI, por exemplo. Manter uma maternidade ficou caro. Deixou de ser bom negócio.