segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Secretário aposta em recuperação rápida


Nome do primeiro escalão do governo Alckmin critica política para o setor do governo Dilma


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Milena Aurea / A Cidade
Arnaldo Jardim mostra confiança com recuperação do etanol e com novas tecnologias. (Foto: Milena Aurea/A Cidade)
Bastante entusiasmado com o cargo dado pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB), o secretário de Agricultura, Arnaldo Jardim (PPS), aposta na recuperação, e de forma rápida, do setor sucroenergético com a volta da Cide (Contribuições de Intervenção no Domínio Econômico) sobre o combustível.
A avaliação foi feita durante visita do secretário à redação do A Cidade, ontem à tarde.
“Eu acredito, sim, que a Cide contribuirá para a rápida recuperação do setor, que entrou em crise devido a uma política errada da presidente Dilma Rousseff”, diz o secretário.
Nos últimos anos, 60 usinas fecharam e outras 74 estão em recuperação judicial. Com esse cenário desfavorável, a expectativa de Jardim é que, com a cobrança da Cide, o etanol passe a ficar mais competitivo no mercado e opção viável para o consumidor.
Isso porque a Cide deve gerar um aumento de 22 centavos sobre o litro da gasolina e de 15 centavos para o valor do diesel na refinaria. Assim, a alta em cadeia abre espaço para a correção do preço do etanol, que está defasado e sem margem para competição com a gasolina.
“Nós precisamos do etanal porque, consequentemente, gerará mais emprego e beneficiará toda uma cadeia produtiva”, afirmou.
Segundo Jardim, existe uma “capacidade ociosa” nas usinas. Pelos números apresentados, as usinas têm uma capacidade de moagem em torno de 800 milhões de toneladas. “Estão moendo hoje perto de 540 milhões de toneladas. Então, a questão não é estrutural. Usinas existem, mas a política adotada pelo governo federal nos últimos anos que não foi favorável”, diz.
Prioridade é viabilizar cana de maior produção
No comando da Secretaria de Agricultura e Abastecimento há duas semanas, Arnaldo afirma que uma de suas metas será investir em pesquisa na tentativa de aumentar a produção da cana-de-açúcar. A prioridade envolve a criação de variedades de cana que se adaptam com o chamado “estresse hídrico”.
“O nosso Instituto Agrícola desenvolve uma espécie de cana para o cerrado de Goiás, onde há deficiência hídrica. O estudo começou há seis anos e há dois teve início em escala de produção”.
Outra pesquisa envolve o plantio de cana com o maior volume de celulose. “É um estudo fantástico. Viabilizará a produção de etanol à base de celulose”, diz.
O benefício é que, no mesmo hectare onde se produz 100 litros com a cana convencional, a de celulose produzirá 140 litros.

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