Com mais tecnologia, nova geração de criadores aumenta os índices de produtividade e de rentabilidade no Centro-Oeste
10 de outubro de 2013 | 15h 58
Chico Siqueira, especial para O Estado
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A introdução de um pacote tecnológico por uma nova geração de criadores é responsável pela transformação da pecuária na Região Centro-Oeste. A atividade que até há pouco tempo era praticada de forma extensiva, necessitando de grandes áreas de terras, agora é baseada no aumento de produtividade, na sustentabilidade ambiental e em novas práticas de manejo e de sanidade do rebanho.
O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Mato Grosso do Sul (Famasul), Eduardo Riedel, disse que, apesar da redução do rebanho bovino, Mato Grosso do Sul melhorou a eficiência e aumentou os índices de produtividade e de rentabilidade de sua pecuária.
Segundo Riedel, a atividade passou a ser mais rentável depois que os criadores fizeram a integração da pecuária com a agricultura e introduziram novas práticas de nutrição e de sanidade genética.
Riedel lembrou que o rebanho de gado de corte caiu de 24 milhões para 21 milhões de cabeças. A queda é explicada pelo crescimento da industrialização, puxada pelos setores de papel e celulose, mineração, metalomecânico e sucroenergético.
Segundo Riedel, a atividade passou a ser mais rentável depois que os criadores fizeram a integração da pecuária com a agricultura e introduziram novas práticas de nutrição e de sanidade genética.
Riedel lembrou que o rebanho de gado de corte caiu de 24 milhões para 21 milhões de cabeças. A queda é explicada pelo crescimento da industrialização, puxada pelos setores de papel e celulose, mineração, metalomecânico e sucroenergético.
"Houve redução dos pastos e aumento das florestas para indústria e do cultivo de outras culturas, como cana-de-açúcar, soja e milho", disse.
No entanto, segundo ele, as práticas de integração lavoura-pecuária-floresta, adotadas nos últimos anos, permitem que o Estado tenha potencialidade para aumentar seu rebanho de forma significativa sem a necessidade de ocupar novas áreas com pastagens.
Ele lembrou que hoje os criadores podem plantar e colher a soja e o milho no mesmo solo em que plantam o pasto e colocam o gado de corte para se alimentar.
"A integração da pecuária com a agricultura propiciou aos produtores rurais uma otimização do solo", afirmou. "Isso veio acompanhada de melhorias na nutrição e sanidade genética."
Segundo ele, foram introduzidas tecnologias de reprodução, como a inseminação artificial, que originaram um animal de melhor qualidade. "Além da reforma de pasto, há uma estratégia de suplementação mais eficiente com a introdução de confinamentos e semiconfinamentos que ao longo do tempo encobrem as diferenças causadas por ausências proteicas e energéticas durante o período de engorda, propiciando um animal que ganha maior peso em menos tempo", explicou Riedel.
Profissionalização. Segundo o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Goias (Faeg), José Mário Schreiner, as novas gerações de pecuaristas estão mais preocupadas em buscar informações e em profissionalizar a atividade.
"Enquanto no passado se criava um animal por hectare, hoje os novos pecuaristas criam de três a quatro animais no mesmo espaço", disse. "Até há pouco tempo, a idade média para abate de um animal era de três anos a três anos e meio. Hoje já está abaixo de dois anos. Os produtores investiram em tecnologia e obtiveram maior rentabilidade."
Mas tanto Riedel quanto Schreiner chamam atenção para os problemas de relacionamento entre produtores e frigoríficos. "Os produtores ainda cobram mais transparência para questões de comercialização do seu rebanho. A relação está movida hoje pela desconfiança e essa divergência precisa ser sanada para que toda a cadeia possa lucrar com o desenvolvimento da pecuária", disse Schreiner.
Os pecuaristas reclamam da sistemática de precificação da carne vendida aos frigoríficos. A região conta mais de 60 abatedouros, metade destinada para exportação. De janeiro a setembro, Goiás, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, que possuem um rebanho de 70,2 milhões de cabeças, exportaram 252 mil toneladas de carne, com um faturamento de US$ 1,6 bilhão.
Segundo ele, foram introduzidas tecnologias de reprodução, como a inseminação artificial, que originaram um animal de melhor qualidade. "Além da reforma de pasto, há uma estratégia de suplementação mais eficiente com a introdução de confinamentos e semiconfinamentos que ao longo do tempo encobrem as diferenças causadas por ausências proteicas e energéticas durante o período de engorda, propiciando um animal que ganha maior peso em menos tempo", explicou Riedel.
Profissionalização. Segundo o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Goias (Faeg), José Mário Schreiner, as novas gerações de pecuaristas estão mais preocupadas em buscar informações e em profissionalizar a atividade.
"Enquanto no passado se criava um animal por hectare, hoje os novos pecuaristas criam de três a quatro animais no mesmo espaço", disse. "Até há pouco tempo, a idade média para abate de um animal era de três anos a três anos e meio. Hoje já está abaixo de dois anos. Os produtores investiram em tecnologia e obtiveram maior rentabilidade."
Mas tanto Riedel quanto Schreiner chamam atenção para os problemas de relacionamento entre produtores e frigoríficos. "Os produtores ainda cobram mais transparência para questões de comercialização do seu rebanho. A relação está movida hoje pela desconfiança e essa divergência precisa ser sanada para que toda a cadeia possa lucrar com o desenvolvimento da pecuária", disse Schreiner.
Os pecuaristas reclamam da sistemática de precificação da carne vendida aos frigoríficos. A região conta mais de 60 abatedouros, metade destinada para exportação. De janeiro a setembro, Goiás, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, que possuem um rebanho de 70,2 milhões de cabeças, exportaram 252 mil toneladas de carne, com um faturamento de US$ 1,6 bilhão.
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