03/01/2014 - 03h29
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FLÁVIO FERREIRA
DE SÃO PAULO
DE SÃO PAULO
O novo presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, o desembargador José Renato Nalini, anunciou ontem que os servidores do Judiciário paulista poderão trabalhar dois dos cinco dias da semana em casa.
"Os 55 mil funcionários não precisam ter bola de ferro amarrada no pé para fazer cumprir rigorosamente o horário e estar todos conjuntamente em espaços nem sempre tão confortáveis. Nós precisamos pensar em produtividade", disse Nalini. Ele tomou posse ontem na presidência do maior Tribunal de Justiça do país.
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Presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo toma posse afinado com Barbosa
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Demétrius Daffara/Editoria de Arte/Folhapress |
Nalini já havia comentado em entrevistas sobre a ideia de adotar o sistema conhecido no mercado de trabalho como "home office", mas ontem deu mais detalhes sobre seus planos. O presidente do TJ disse que a medida terá caráter experimental e haverá treinamentos para a implantação do sistema.
Nalini enfatizou que o sucesso do "home office" no TJ-SP dependerá da "transformação da cultura dos chefes" das unidades judiciárias.
Nalini enfatizou que o sucesso do "home office" no TJ-SP dependerá da "transformação da cultura dos chefes" das unidades judiciárias.
Segundo o desembargador, "hoje trabalhamos com a internet e é muito fácil mandar tarefas. Não é porque ele [servidor do Judiciário] vai ficar em casa que vai deixar de produzir, ao contrário, vai economizar o tempo do deslocamento, a necessidade de se vestir adequadamente para vir ao tribunal."
"Vai ser uma contribuição para política da mobilidade urbana que está tão caótica aqui em São Paulo", completou Nalini.
"Vai ser uma contribuição para política da mobilidade urbana que está tão caótica aqui em São Paulo", completou Nalini.
A medida poderá oficializar para os servidores uma prática comum entre um grande número de juízes: a de não comparecer às unidades do Judiciário às segundas e sextas-feiras sob o
argumento de que esses dias são usados para estudar os processos e redigir as decisões judiciais em suas casas.
Nalini terá até o final de 2015 para implantar o projeto, já que o mandato dos presidentes dos tribunais brasileiros é de dois anos.
Nalini terá até o final de 2015 para implantar o projeto, já que o mandato dos presidentes dos tribunais brasileiros é de dois anos.
ASSOCIAÇÃO
Para o presidente da Assojuris (Associação dos Servidores do Poder Judiciário do Estado de São Paulo), Carlos Alberto Marcos, a medida poderá "otimizar tarefas e resultar em uma economia financeira e de espaços físicos".
Especialistas em recursos humanos apontam que a economia do tempo usado para chegar aos locais tradicionais de trabalho e a adoção de horários flexíveis para execução das tarefas pode permitir uma maior produtividade, mas também alertam para os riscos do sistema "home office".
A diminuição do tempo de convívio e comunicação com os colegas pode levar à perda de oportunidades para criação de soluções novas e discussão de questões profissionais, segundo estudiosos.
Outro problema é que trabalhadores com pouca disciplina pessoal tendem a cometer abusos e deixar de lado o comprometimento com as tarefas profissionais.
02/01/2014 - 16h28
Novo presidente do Tribunal de Justiça de SP quer descentralização da corte
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FLÁVIO FERREIRA
DE SÃO PAULO
DE SÃO PAULO
O desembargador José Renato Nalini tomou posse na manhã desta quinta-feira (2) na presidência do Tribunal de Justiça de São Paulo e anunciou que pretende criar unidades da corte em cidades do interior do Estado.
Segundo Nalini, a prioridade é instalar câmaras de julgamento de segunda instância nas cidades de Campinas, Ribeirão Preto e São José do Rio Preto.
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Frederico Vasconcelos: Nalini conclama servidores e parceiros
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"Essas talvez sejam as regiões que tenham mais processos em segunda instância e desembargadores em número suficiente para fazer funcionar pelo menos duas câmaras [de julgamento]", disse.
Segundo o novo presidente do TJ, "não se justifica fazer todas as sessões do tribunal, com 360 desembargadores, em São Paulo. Fica muito mais fácil para o advogado local e a parte local, que pode assistir [às sessões de julgamento], e colabora para descongestionar esse trânsito caótico da capital".
Nalini afirmou também que não deverá ser concretizada em seu mandato de dois anos a construção do novo prédio do TJ para abrigar 600 gabinetes de desembargadores no centro da capital.
Com custo estimado de R$ 1 bilhão, o projeto do novo edifício prevê três grandes torres de 24 andares, auditório com 738 lugares, heliponto e uma enorme cascata na parte frontal.
"Foi assinado um convênio com um protocolo de intenções para que isso [a construção do prédio] seja fruto de uma PPP (Parceria Público Privada), mas depende de um conselho gestor que tem que analisar os impactos das grandes obras no centro", afirmou.
Religioso, Nalini decidiu realizar sua posse administrativa com uma missa celebrada pelo bispo da diocese paulistana de Santo Amaro, Dom Fernando Antônio Figueiredo. A posse solene do novo presidente do TJ está marcada para 3 de fevereiro na Sala São Paulo, no centro da capital, com concerto do maestro João Carlos Martins.