Como será a manufatura no século 21?
Essa talvez seja a questão que vale uma nação. Quem acertar, pega o bonde do desenvolvimento. Quem errar, marca passo.
O próprio Estados Unidos, com suas inúmeras think tank esbarrou em um erro monumental de análise. Definiu o que seriam as indústrias de ponta, concentrou nelas o esforço estratégico e permitiu que as indústrias da geração anterior – automobilística, eletroeletrônica etc. – se transferissem para a Ásia.
O resultado foi a perda do dinamismo do mercado interno e a enorme crise que se sucedeu ao fim da bolha de crédito.
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Mesmo assim, o enigma continua à espera de quem o desvende.
Discussão relevante ocorreu na 2a Conferência de Inovação Brasil-EUA,
“Parcerias para a prosperidade no século 21”, promoção conjunta da ABDI (Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial), MBC (Movimento Brasil Competitivo) e Compete (Council on Competitiveness).
“Parcerias para a prosperidade no século 21”, promoção conjunta da ABDI (Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial), MBC (Movimento Brasil Competitivo) e Compete (Council on Competitiveness).
O ponto central da mesa foi discutir se os dois países estão preparados para liderar a manufatura do século 21, se existem condições objetivas de parceria estratégica. E também sobre o papel da Universidade e do sistema educacional científico nessa batalha.
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A conclusão da mesa é que onde houver mão-de-obra intensiva, a China é absoluta. Mas países com tecnologia avançada têm condições de manter um setor manufatureiro robusto.
David Arkless, presidente de uma empresa de Recursos Humanos com mais de 4 milhões de funcionários, estimou que cerca de 250 milhões de pessoas vivem fora de seus países de origem por causa do trabalho. Especialmente após a grande crise de 2008.
Arkless rebate a visão de que os EUA se tornaram a única e verdadeira economia de serviços do mundo. Pesquisa recente de sua empresa estimou que o setor de manufaturas nos EUA deve crescer consistentemente nos próximos 15 anos, mas com um desenho diferente da manufatura tradicional.
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Opinião diversa foi apresentada pela General Eletric, através de Mark Little, vice-presidente senior. Nos áureos tempos da financeirização, com Jack Welch no comando, abriu uma série infindável de frentes. Agora, voltou a focalizar, desfazendo-se de inúmeras participações fora do seu foco.
Uma das reavaliações da GE foi sobre a importância de fazer a manufatura onde a tecnologia é desenvolvida, motivo que a levou a investir em fábricas em regiões pobres dos EUA. Certamente, a opinião da GE tem muito mais peso do que a de um head hunter.
Outra prioridade foi criar um centro de pesquisas de classe mundial no Brasil, similar ao que têm nos EUA, Alemanha e Índia. Vantagens brasileiras: crescimento, clientes significativos (Petrobras, Vale Embraer) e sistemas universitários mais fortes.
Segundo Little, a Internet acelerou de maneira inédita a inovação. Nos próximos 20 anos serão criadas mais coisas do que a soma de tudo o que foi criado na história, prevê a GE.
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Nesse cenário, prevê Jan Simek, reitor da Universidade do Tenessee, as universidades terão papel fundamental para o futuro da manufatura. A parceria da sua universidade com a Dupont foi essencial para desenvolver um biocombustível à base de etanol.
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