sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Justiça: é o que (finalmente) há!


É o que há!
E o que é que há? Há uma Justiça meio doida que condena um homem por um crime que nunca existiu, segundo o ex-presidente Lula afirmou várias vezes. Estou realmente pasmo em ler que
Marco Valério - o primeiro condenado de um crime que, segundo Lula, nunca ocorreu
Marcos Valério foi condenado a nove anos e oito meses de prisão por causa do mensalão. Isso não tinha sido uma piada feita pelos inimigos imaginários do Lula? Se for isso a Justiça está cega! Poxa, o Lula não disse que nunca existiu mensalão? Será que só ele e seus amigos acreditaram e ainda acreditam nisso?
Ou será que Lula agora vai sair do armário e assumir? Alguém conta pra ele. Já o pouparam muito daquele episódio do dinheiro roubado.
E finalmente, há!
Conseguiram enfim um espaço para o ministro do Desenvolvimento, Fernando “Blindado” Pimentel, na Comissão de Ética. Finalmente Pimentel vai poder tentar explicar as consultorias prestadas por ele e que encheram sua conta bancária em
'É o seguinte, a consultoria que dei me rendeu um tanto assim, mas... acreditem em mim. Palocci foi meu professor!'
pelo menos R$ 2 milhões. Não sei se isso é bom pra ele, mas pelo menos mostra que Justiça está sendo feita, uma vez que esse caso é semelhante ao do ex-ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, que acabou dançando do cargo.
Espero que a presidente Dilma fique fora disso agora, pois um ministro a mais ou a menos caindo em seu governo não será nem mais tanta novidade assim.
Será que há?
Será que haverá esperança de vermos o STF dizer um sonoro sim e já aplicar a Lei da Ficha Limpa para as eleições deste ano? Seria interessante ver quem iria sobrar. Será que teríamos candidatos suficientes?
Pronto senhores ministros quem vai jogar primeiro o dado? Talvez não vale!
É porque há!
Depois de um acarajé e um jogo de búzios feitos aqui na minha esquina mesmo, não vou mais viajar para a Bahia, consegui enxergar a verdade. Tive uma visão. Do outro mundo. Diria até que sou um predestinado. A mensagem estava muito clara. A mensagem dizia que não adianta você, que é médico, professor ou policial fazer birra e entrar em greve ou tentar reivindicar um aumento seja da maneira que for. E não no montante que vocês querem e merecem. Isso não funciona assim. A banda só toca lá em Brasília, e como eles querem. Onde já se viu algum trabalhador onerar a folha de pagamento e o orçamento do governo? Aí, aí, aí. Assim vocês vão ficar de castigo.
Não fui eu quem disse. Foram os búzios
Quando eles vão votar o aumento deles, seja de salário ou de verba de gabinete, não existe limite, não existe orçamento, não existe o verbo onerar. Tudo é possível. Mas quando a discussão chega ao plano dos reles mortais eles viram bichos-do-mato e não estão nem aí para a hora do Brasil. Só para a hora deles.
É assim que funciona. É assim que vai ser. Ao menos que…
Ao menos que na próxima eleição você se lembre de quem te negou um aumento decente.
Que há, isso há!
É claro que há alguma coisa estranha. Não vejo com bons olhos esse corte no orçamento para 2012. Foram R$ 55 bilhões. Que alguma coisa tem que ser cortada, disso não há duvida. Mas daí a
Bem a ideia é cortar. E a Saúde é quem vai sofrer mais. Depois o cheiro passa...
escolher o Ministério da Saúde como sua maior vítima é no mínimo cruel e no máximo mortal e criminoso.
Vai querer me dizer que não há, entre os 38 ministérios existentes, alguns que não possam sofrer cortes maiores e deixar o da Saúde de lado, quero dizer, sem cortes? Se sem cortar já está essa calamidade, imagina agora tendo que se virar sem R$ 5,4 bilhões! Onde eles estão com a cabeça?
Se, como foi dito, o problema não é o dinheiro e sim planejamento, até quando eles vão ver que não há então planejamento algum? Pois até onde eu sei nada na Saúde mudou. Nada. Muito pelo contrário. Até um secretário que trabalhava no Recursos Humanos do Ministério do Planejamento morreu por falta de atendimento, e aí, quando isso aconteceu acenderam o alerta. Até uma investigação disseram que iriam abrir. Mas isso porque era um dos deles, se fosse a Maria da Ajuda, moradora de alguma comunidade e auxiliar de serviços gerais, ia virar apenas uma estatística.
Ou seja, onde eles deveriam cortar é algo inadmissível, impensado, improvável e, vão falar, até inconstitucional. Mas quando o corte atinge outras peles aí é provável, muito bem pensado, porque assim se estará fazendo um pequeno sacrifício pelo bem do país. Nessas horas todos tem que se sacrificar um pouco. Menos eles.
Pena que eles esquecem que a Constituição é para todos, mas eles só fazem a constitucionalidade funcionar a favor deles.
O que é uma pena!
Salvem as baleias. Não joguem lixo no chão. Não fumem em ambientes fechados. E no Carnaval, xixi na rua não.

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