segunda-feira, 9 de outubro de 2017

Gigante São Paulo responde por um terço do PIB do País, Wilson Marini

A economia paulista é a grande fornecedora de bens de consumo, bens de capital, insumos e serviços para as demais regiões do Brasil e também para o exterior. Diversificada e complexa, responde por 32,12% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE) e a Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade). Em 2015, a riqueza produzida pelo Estado somou R$ 1,89 trilhão, o equivalente a R$ 42,7 mil per capita. Além disso, São Paulo concentra mais da metade da produção das instituições financeiras brasileiras e se destaca também no segmento de saúde e educação (37,3%), entre outros. 
Indústria forte
O Estado de São Paulo concentra 33,5% do Valor da Transformação Industrial (VTI) brasileiro, somando cerca de R$ 370 bilhões, de acordo com o IBGE. A fabricação de produtos alimentícios está à frente das demais atividades, superando a casa dos R$ 54 bilhões, seguindo-se os setores de fabricação de coque, produtos do petróleo e biocombustíveis (R$ 41 bilhões), automóveis reboques e carrocerias (R$ 39,8 bilhões), produtos químicos (R$ 34 bilhões) e máquinas e equipamentos (R$ 26,6 bilhões). Outros segmentos da indústria também merecem destaque, como os de produtos farmoquímicos e farmacêuticos, nos quais a participação de São Paulo em relação ao Brasil representa 70% do valor da transformação industrial. O Estado contribui ainda com 48% do VTI nacional nos setores de máquinas e equipamentos; veículos automotores, reboques e carrocerias; máquinas, aparelhos e materiais elétricos; borracha e plástico; e produtos químicos.
Comércio também
O comércio paulista registra uma receita bruta anual de mais de R$ 1 trilhão. Congrega 28,7% dos estabelecimentos do país e 29,1% dos trabalhadores da área. O varejo é o principal segmento do comércio do Estado. Em seguida vêm o atacado e o grupo que agrega o comércio de veículos, peças e motocicletas. Com mais de 515 mil estabelecimentos, o setor comercial paulista emprega 3 milhões de pessoas, que recebem por volta de R$ 67 bilhões em salários, retiradas e outras remunerações. O comércio varejista emprega 72,7% das pessoas ocupadas. No varejo, destacam-se atividades como produtos farmacêuticos, eletrodomésticos, equipamentos de informática e comunicação, móveis e material de construção. O comércio atacadista tem mais de 70 mil estabelecimentos no Estado e o maior segmento é o de equipamentos e artigos de uso pessoal e doméstico. 
Enorme polo de serviços
A dinâmica demográfica, social e industrial do Estado se traduz em grande oferta e demanda, tanto de serviços prestados às empresas, quanto ao consumidor final, além de serviços públicos voltados às áreas de saúde, educação e infraestrutura. Com esse perfil, o Estado de São Paulo se transformou no grande polo de serviços do País. Os segmentos que mais contribuem para geração de receita são os de serviços de informação e comunicação (telecomunicações, tecnologia da informação, serviços audiovisuais, edição, agências de notícias e outros serviços de informação); Serviços técnico–profissionais, seleção, agenciamento e locação de mão de obra, agências de viagens e serviços de turismo; Serviços de investigação, segurança, vigilância e transportes de valores; Serviços de escritório e apoio administrativo; Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio.
Economia globalizada
O Estado de São Paulo exportou US$ 45,5 bilhões em 2015, equivalente a  24% do total do país. Destacam-se os açúcares (de cana e sacarose), aviões, automóveis, álcool, carnes desossadas de bovino, suco de laranja e café. Os dados são do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Do total de produtos exportados, 19,6% são destinados ao Mercosul, 13,7% para a União Europeia, 33,2% para a Associação Latino-Americana de Integração (Aladi) e 22,4% para o Acordo de Livre Comércio da América do Norte (Nafta). Para a Ásia, exclusive países do Oriente Médio, são destinados 16,4%. Dentre os países compradores de produtos paulistas, destacam-se os EUA (17,6%) e a Argentina (13,1%). 
Atração de investimentos
Os dados fazem parte de um amplo acervo de dados estatísticos atualizados pela agência Investe SP e são utilizados pelo governo paulista para orientar os investidores sobre a escolha da cidade ou região para a localização de novos investimentos no Estado. Na corrida para ganhar a confiança dos potenciais investidores, São Paulo “oferece um conjunto de características que colocam o Estado como um dos hubs de negócios da América do Sul”, segundo divulga a Investe SP. A elevada complexidade tecnológica da estrutura produtiva industrial paulista é reforçada pela significativa presença de empresas inovadoras e concentração de serviços intensivos em informação e conhecimento, que acabam por agregar alta qualificação para o desenvolvimento de novos produtos, processos e atividades de pesquisa e desenvolvimento”, propaga a Investe SP, segundo a qual esse perfil é decisivo para a opção de investidores.
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