terça-feira, 15 de agosto de 2017

Metade dos professores já usa celular em atividades na escola, diz pesquisa, OESP



Levantamento do Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação mostra ainda que 92% das escolas entrevistadas têm acesso à internet sem fio






O Estado de S. Paulo
14 Agosto 2017 | 03h00

Metade dos professores já usa celular em atividades na escola, diz pesquisa
Passou de 39%, em 2015, para 49%, em 2016, o porcentual de docentes que utilizam a internet do celular em atividades com os alunos Foto: WERTHER SANTANA/ESTADÃO
Uma pesquisa do Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação  (Ceti-Br) mapeou o uso da internet e de dispositivos móveis em escolas brasileiras. Os resultados mostram aumento do porcentual de professores que usam a internet do celular em atividades com seus alunos e de escolas com acesso à internet sem fio. 
De acordo com a pesquisa, passou de 39%, em 2015, para 49%, em 2016, o porcentual de docentes que utilizam a internet do celular em atividades com os alunos. O uso é maior entre professores com até 30 anos de idade e de colégios particulares. 
Entre os alunos entrevistados, 52% disseram usar o celular em atividades para a escola. O número é maior (59%) quando analisados os dados específicos de alunos do 9º ano do ensino fundamental (de 14 anos). Já entre os alunos do 2º ano do ensino médio, o porcentual sobe para 74%. Mas estudantes do 5º ano do fundamental - crianças de 10 anos - usam menos os equipamentos, segundo a pesquisa (27%).
Para a antropóloga Tania Fontolan, diretora do Programa Semente, o uso dos equipamentos eletrônicos pode ser positivo. "Faz sentido a escola incorporar esse instrumento (celulares) para que seja usado da melhor forma possível. Uma escola que não usa esses recursos no planejamento de seus cursos está privando o aluno de uma convivência orientada com uma coisa que na vida real todos nós usamos."
Tania destaca, porém, a necessidade de que o uso dos equipamentos tenha uma função pedagógica. "Tem que estar bem amarrado em um projeto em que se tenha clareza das finalidades. Não existe a ferramenta pela ferramenta". 
A pesquisa mostra ainda que 92% das escolas entrevistadas têm acesso à internet sem fio. Entre as escolas públicas, o porcentual é um pouco menor (91%). Entre as particulares, o número é de 95%. 
Foram avaliadas 1.106 escolas em áreas urbanas de todo o país com entrevistas. 1.854 professores de
Língua Portuguesa, Matemática e multidisciplinares e 11.069 alunos de 5º e 9º ano do ensino fundamental e 2º ano do ensino médio foram entrevistados.

Veja abaixo como alguns colégios de São Paulo lidam com a tecnologia: 

Na visão do Colégio Santa Maria, o uso das TDIC (tecnologias digitais de informação e comunicação) deve se dar de forma criativa, incorporando-se as ferramentas digitais aos processos de produção do conhecimento. Leia o relato completo aqui
No Colégio Marista Arquidiocesano, as novas tecnologias já estão em sala de aula. A escola reforça  o papel do professor, enquanto mediador, na construção de novos conhecimentos. Leia o relato completo aqui
Para o Cambridge English, a tecnologia digital oferece oportunidades transformadoras que não estavam disponíveis no passado, estende o aprendizado para além da sala de aula física e permite novas formas de interação e aquisição de conhecimento. Leia o relato completo aqui
No Colégio Prudente de Moraes de Salto, o uso de celular só é permitido para alunos do Fundamental II e Ensino Médio no intervalo das aulas e quando o professor desenvolve uma atividade específica que necessita da sua utilização em sala de aula como ferramenta de trabalho. Leia o relato completo aqui
No Colégio Bandeirantes, o smartphone já é visto como uma ferramenta que complementa a dinâmica das aulas ao permitir uma nova forma de interação dos alunos com o conteúdo apresentado pelos professores. Leia o relato completo aqui
Em sala de aula no Equipe é proibido o uso de dispositivos móveis. A orientação é para que permaneçam desligados e dentro das mochilas. O uso, no entanto, passa a ser permitido se a ferramenta for incorporada à aula como uma das estratégias do professor. Leia o relato completo aqui
No Colégio Stockler, o uso do celular foi motivo de debate. A principal lição extraída pela equipe do ao repensar o papel do equipamento na sala de aula foi que para converter a tecnologia em aliada, ela não pode ser um fim em si só. Leia o relato completo aqui
Para o Colégio FAAP, existem situações como a pesquisa orientada, a composição de textos, ou jogos pedagógicos nos quais os recursos tecnológicos são necessários, bem vindos e pedagogicamente eficazes. Leia o relato completo aqui
Para o Colégio Jardim Anália Franco, é preciso buscar novas metodologias, as ativas, que são capazes de envolver os educandos na busca de seu próprio conhecimento. "Não podemos pensar em educação desatrelada da tecnologia", destaca o colégio. Leia o relato completo aqui
Entre proibir e liberar, o Colégio Novo Tempo preferiu não ser radical. Buscou o equilíbrio e apostou em outros recursos tecnológicos para chamar a atenção das turmas. Leia o relato completo da escola aqui
Para falar com uma geração familiarizada com recursos tecnológicos desde cedo, a escola precisa se adaptar e modernizar sua forma de atuação. Essa é a visão do Colégio Alicerce. Todos os recursos são considerados, inclusive o celular, mas sempre com um objetivo: ajudar o aluno a aprender. Leia o relato completo aqui

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