Em 23 anos de vida política o ministro foi protagonista de inúmeras polêmicas
O chamado "escândalo das teles", conjunto de propostas do governo federal que favorecem as empresas de telecomunicações, é apenas mais uma polêmica na trajetória política do ministro de Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações, Gilberto Kassab.
O ex-prefeito de São Paulo é o principal articulador da Lei Geral das Telecomunicações e de outros projetos nebulosos. Em um deles, o PLC (Projeto de Lei da Câmara) 79/2016, prevê o repasse de mais de R$ 100 bilhões em patrimônio e perdão de multas para as principais empresas de telecomunicações do País.
O presente bilionário às empresas poderá elevar preços dos serviços de telefonia e provocar um apagão da cobertura no interior do Paí. A Lei das Teles foi acusada de ter sido tratada de maneira sigilosa no Senado.
O presente bilionário às empresas poderá elevar preços dos serviços de telefonia e provocar um apagão da cobertura no interior do Paí. A Lei das Teles foi acusada de ter sido tratada de maneira sigilosa no Senado.
Na política desde 1994, Kassab é pivô de inúmeros escândalos e alvos das mais diversas investigações.
A ficha complicada começou já na Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo) quando era deputado estadual. Kassab contratou sua irmã para ser sua secretária quando era deputado estadual, em 1994. Na ocasião alegou. "Ela trabalha comigo direitinho há oito anos.”
Em 2000, foi acusado, ao lado do vereador Toninho Paiva (PFL), de chefiar um esquema de corrupção em cemitérios municipais e em unidades da secretaria municipal dos Esportes. Em 2004, quando era candidato a vice-prefeito, veio à tona um aumento patrimonial de 316% em apenas quatro anos.
No ano seguinte, o Tribunal de Contas do Estado de São Paulo encontrou uma série de irregularidades na gestão da merenda escolar no município de São Paulo. Segundo a investigação, o esquema de propina era feito através de notas frias e, só entre 2008 e 2010, período em que Kassab era prefeito de São Paulo, foram movimentados R$ 280 milhões.
Foi ainda protagonista da “Máfia do ISS (Imposto Sobre Serviços)”, que fraudava taxas devidas pelas construtoras à Prefeitura. Também foi acusado de improbidade pelo Ministério Público Estadual por omissão em esquema de pagamento de propina para comercialização de boxes na Feira da Madrugada, no Pari, região central de São Paulo.
Kassab é alvo ainda da Operação Lava Jato. Segundo delação dos ex-executivos da Odebrecht Benedicto Barbosa da Silva Júnior e Paulo Henyan Yue Cesena, ele recebeu R$ 20 milhões quando era prefeito de São Paulo e ministro das Cidades no governo Dilma. O dinheiro teria sido usado para a criação de seu partido, o PSD.
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