O projecto WEGA (Wave Energy Gravitational Absorber) desenvolveu um equipamento tecnológico para aproveitamento da energia das ondas e quer testá-lo à escala real, a partir de 2012.
As «condições excepcionais» da costa portuguesa e a meta europeia para a energia das ondas foram a força motriz da empresa Sea For Life, nascida em 2007, e cujos últimos anos foram passados a desenvolver a melhor forma de retirar energia das ondas, através do teste de vários protótipos. «Temos dos maiores tanques de ondas em Portugal», adiantou Jorge Pina Rodrigues, director geral da empresa, presente na conferência internacional “Valorização económica e sustentabilidade dos recursos marinhos”, que decorreu na última sexta-feira na Exponor, no âmbito do Fórum do Mar.
Orçado em cerca de 2,5 milhões de euros, o projecto materializa-se num dispositivo composto por um corpo suspenso articulado, anexado a uma estrutura que fixação, que oscila numa órbita elíptica à passagem das ondas.O Instituto de Engenharia Mecânica e Gestão Industrial (INEGI) apoiará a instalação do sistema no mar, que para já vai ser feito em rearshore (17 metros de profundidade). «Se tudo correr bem, depois instalaremos o protótipo em offshore», revelou o responsável. Os testes servirão para validar a sobrevivência da tecnologia, a rentabilidade e a replicabilidade do projecto. «Ao longo deste tempo ensaiámos mais de 15 conceitos», afirma.
Peniche vai receber este protótipo, que deverá produzir 550 Kwh/ano. Uma das principais vantagens deste sistema, segundo o responsável, é o facto de não ter jogos mecânicos dentro de água, o que aumenta exponencialmente a sua durabilidade. O modelo pode ainda ser construído em qualquer unidade da indústria metalomecânica e ser transportado na rodovia. Jorge Pina Rodrigues defende ainda que, no futuro, será possível associar outras actividades ao WEGA.
Foto: Sea For Life
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