terça-feira, 2 de outubro de 2018

Tinta solar absorve vapor d’água e gera energia mais limpa que existe: hidrogênio!, Conexão Planeta

Quando achamos que já vimos “quase” tudo em tecnologia, uma novidade aparece e nos surpreende novamente. E esta é genial! Pesquisadores do Instituto Real de Tecnologia de Melbourne, na Austrália (RMIT, na sigla em inglês) anunciaram que desenvolveram uma tinta solar, que absorve vapor d’água e a partir dele, produz hidrogênio, considerado a forma de energia mais limpa que há.
Para explicar como a tinta funciona, os cientistas fizeram uma analogia com aqueles saquinho de gel de silício, colocados em embalagens, para absorver a umidade. Pois bem, a tinta solar agiria de maneira similar, através de um novo composto, o sulfureto de molibdênio sintético. Ele conseguiria absorver o vapor d’água, mas também ser um semicondutor e catalisador da divisão de átomos da água em hidrogênio e oxigênio.
“Descobrimos que ao misturar o composto com partículas de óxido de titânio temos uma tinta que absorve a luz solar e gera hidrogênio”, revela Torben Daeneke, pesquisador chefe do estudo do RMIT.
O óxido ou dióxido de titânio é um pigmento branco comumente utilizado em tintas de pintura de casas. “Isso significa que a simples adição de uma nova substância pode transformar tijolos de uma parede em fonte de captação e produção de energia”, garante o cientista.
Pesquisadores com amostras da tinta solar
Segundo Daeneke, algumas das vantagens da tinta solar é que ela poderia ser utilizada em qualquer lugar do mundo onde exista vapor d’água, inclusive, locais distantes de cursos de água.
“A tinta também poderá ser usada em regiões de clima muito quente, próximas a oceanos. A água do mar evapora com a luz do sol e poderia ser absorvida para produzir energia e combustível”, completa o professor Kourosh Kalantar-zadeh, que faz parte da equipe da universidade de Melbourne.
O produto poderia ser aplicado em qualquer tipo de superfície: casas, telhados, cercas, portões…. Vale lembrar, entretanto, que a novidade ainda está em fase de testes e não há previsão ainda para a chegada no mercado.
Especialistas apontam o hidrogênio como a energia do futuro. Ele tem emissão zero de poluentes na atmosfera, ou seja, não libera CO2, o gás carbônico, um dos principais responsáveis pelo aquecimento global.
Fotos: domínio público/pixabay (abertura) e divulgação RMIT
Jornalista, já passou por rádio, TV, revista e internet. Foi editora de jornalismo da Rede Globo, em Curitiba, onde trabalhou durante seis anos. Entre 2007 e 2011, morou na Suíça, de onde colaborou para várias publicações brasileiras, entre elas, Exame, Claudia, Elle, Superinteressante e Planeta Sustentável. Desde 2008 , escreve sobre temas como mudanças climáticas, energias renováveis e meio ambiente. Depois de dois anos e meio em Londres, acaba de mudar para os Estados Unidos

O movimento de Toffoli, OESP

Não chamar as coisas pelo verdadeiro nome é um erro grosseiro, que só faz gerar confusão

Marco Aurélio Nogueira
02 Outubro 2018 | 14h20
A surpreendente e enigmática declaração do ministro Toffoli, presidente do STF, propondo substituir a expressão “regime ditatorial de 64” por “movimento de 1964” é chocante.
Não se trata de uma fala mal posta ou descontextualizada, mas de uma demonstração de ignorância teórica e histórica. Não chamar as coisas pelo verdadeiro nome é um erro grosseiro, e o ministro falou o que falou em uma conferência proferida na Faculdade de Direito da USP, casa de tantos saberes.
Toffoli pretendeu, com ou sem intenção, tanto faz, inscrever-se no revisionismo histórico. Pôs em dúvida uma cláusula pétrea da historiografia e da ciência política: não só houve um golpe militar em março de 1964 como ele deu origem a um duro e longo período ditatorial governado por militares.  A ditadura instalada em 64 e aprofundada nos anos seguintes se estendeu por duas décadas. Foi real, e a postura diante dela não pode ser, a essa altura, retórica ou conceitual.
Sabemos o que são ditaduras: regimes de extrema concentração de poderes e de uso intensivo do aparato de segurança do Estado para calar os adversários, reprimi-los e até matá-los, em nome da necessidade de prover ordem à vida social. Podemos até discutir se a ditadura brasileira teve efeitos positivos, ou se não foi tão feia quanto se diz, mas não podemos dizer que ela não existiu. Estão aí, para provar, os inúmeros estudos, os “desaparecidos”, as marcas da crueldade praticada contra vários presos políticos, as torturas documentadas, a censura generalizada.
Toffoli quis sair pela tangente. Tentou desdizer o que disse, alegando que falou em tese, só para salientar que o problema não foi o golpe mas o prolongamento da permanência das Forças Armadas no poder. Só fez piorar.
Nada disso teria importância não fosse Toffoli quem é, Presidente do STF. Pode ter sido somente um tropeço, ou pode ter sido uma tentativa de buscar aproximação com as Forças Armadas, o que é no mínimo algo desnecessário, dada a postura constitucional que elas têm exibido. Uma especulação mais funda (e arbitrária) apontaria para um gesto meio tresloucado de fazer a disposição eleitoral dos militares (que ninguém conhece) se afastar de Bolsonaro e pender para o lado petista, com o qual Toffoli mantém boas relações.
Seja o que tenha sido, só serviu para queimar o filme do ministro e espalhar um pouco mais de confusão num País já bastante desorientado.

Trem entre Brás e Aeroporto de Guarulhos começa a circular nesta quarta-feira, OESP


Novo serviço terá tempo de percurso de cerca de 35 minutos; em dias úteis serão realizadas seis viagens em direção ao Brás e outras seis no sentido Aeroporto-Guarulhos

Ana Paula Niederauer, O Estado de S.Paulo
02 Outubro 2018 | 12h06
SÃO PAULO - A Linha 13-Jade da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) terá viagens de trens entre as estações Brás e Aeroporto, sem a necessidade de fazer transferência na estação Engenheiro Goulart, a partir desta quarta-feira, 3.
Trem entre Brás e Aeroporto de Guarulhos começa a circular nesta quarta-feira
Em dias úteis, serão realizadas seis viagens em direção ao Brás e outras seis no sentido Aeroporto-Guarulhos às 6h20, 7h00, 7h40, 18h00, 18h40 e 19h20. Foto: Felipe Rau/Estadão
O novo serviço, chamado Connect, terá tempo de percurso de cerca de 35 minutos com parada para embarque e desembarque entre as estações Brás, da Linha 12-safira, e Engenheiro Goulart, Guarulhos-Cecap e Guarulhos-Aeroporto, da Linha 13-jade. A tarifa é a mesma dos trens metropolitanos, de R$ 4.
Em dias úteis, serão realizadas seis viagens em direção ao Brás e outras seis no sentido Aeroporto-Guarulhos às 6h20, 7h00, 7h40, 18h00, 18h40 e 19h20. Aos sábados, o serviço funcionará somente no período da manhã com três viagens em cada sentido que partirão às 6h20, 7h00 e 7h40. O Connect não funcionará aos domingos.
As outras viagens que já são ofertadas nos dias úteis pela Linha 13-jade continuam com intervalos de 20 minutos nos horários de maior movimento, entre 5h e 8h e entre 17h e 20h. Nos demais horários, em que há menor demanda de passageiros, o intervalo é de 30 minutos.