terça-feira, 10 de julho de 2012

inspirações containerizadas, do Ecodesenvolvimento


Habitação familiar
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“Container Nation” é uma habitação familiar, em Utah, Estados Unidos, criada pelo Grupo de São Francisco 41. Trata-se de uma proposta de projeto que deverá utilizar cerca de 1.000 contêineres, mas que ainda está à espera de aprovação. Joel Karr, diretor do Grupo 41 apresentou um projeto incrível que cria pontes virtuais que voam dentro dos espaços para garantir fluxo de ar livre dentro e fora da casa. Uma vez que a aprovação seja concedida, o Grupo pretende construir casas sustentáveis usando esses recipientes.
Salão de exposição
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Pelotão Kunsthalle é um salão de exposição inspirador e centro de arte situado em Seul, Coreia do Sul. A construção foi artisticamente construída por meio de contêineres padrão. A construção reflete a beleza, magia e um toque requintado de espaços a exemplo de estúdio artístico, áreas de exposição, restaurante e bar, bem como sala para reuniões.
Centro Comercial
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A empresa de arquitetura americana Lot-ek propõe um plano para reconstruir o Pier Chelsea 57, em Nova York, em um centro comercial a partir de contêineres. O plano parece ser interessante e inspirador, com a transformação completa de contêineres em lojas de artesanato, galeria de exposições, espaço leilão, centro de cultura contemporânea e áreas de entretenimento.
Parque inspirador
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Cove Park é um retiro inspirador com telhado verde composto de contêineres. Esta arquitetura ilumina a beleza da costa oeste da Escócia. Artisticamente criado por arquitetos e engenheiros qualificados do Gerenciamento do Espaço Urbano, o retiro é muito atraente, com acomodação luminosa, generosa, e decoração simples.
Casa de férias
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Uma casa de férias conhecida como Port-a-Bach foi projetada por Cecile Bonnifait e Giesen Guilherme, da Nova Zelândia. Usando contêineres, elas criaram um alojamento portátil, seguro, eco-friendly, e abundante para todos. É uma residência emocionante, que pode até ser enrolada, dobrada, e transferida facilmente de local.
Sala de descanso
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Linx é uma autêntica sala de descanso de dois andares, projetada pelo designer Richard Barnwall, e construída usando quatro contêineres. Esta é basicamente uma construção temporária, que pode ser usada para abrigo permanente, pois dispõe de todos os requisitos básicos, como o vestiário, banheiro, sala de almoço, e espaço para escritório.

Brasil importa até Bíblia da China


Marcelo Rehder, de O Estado de S. Paulo
SÃO PAULO - Depois do livro didático, as gráficas brasileiras enfrentam agora forte concorrência das importações de bíblias. A Palavra de Deus está sendo impressa em português em gráficas na China, na Índia e no Chile, entre outros países, a custos considerados imbatíveis pela indústria.
Para driblar o chamado "custo Brasil" e ainda obter alguma vantagem com o câmbio, editoras de publicações católicas e evangélicas aceleraram as encomendas no exterior. A vantagem comparativa em relação ao impresso nacional chega a superar 50%.
"É um negócio estranho", queixa-se Jair Franco, vice-presidente da Gráfica Imprensa da Fé, uma das grandes do setor, que trabalha com livros religiosos e didáticos. "Para fazer a Bíblia aqui, temos de comprar o papel de fora, a capa especial de fora e a cola de fora, e tudo isso vem com imposto. Aí, o editor vai lá e faz a Bíblia completa e vende aqui dentro sem pagar imposto nenhum. Como é que pode?", questiona o executivo. De acordo com a Constituição Federal, as importações de livros, jornais, revistas e outras publicações são imunes e não pagam imposto.
O avanço das importações de bíblias e livros didáticos não aparece nas estatísticas oficiais porque não existe posições aduaneiras específicas para as publicações. Mas os efeitos são sentidos.
Só a Imprensa da Fé chegou a imprimir 3 milhões de bíblias por ano, há cerca de dois anos. Hoje, não passa de 1 milhão. A consequência foi que a gráfica demitiu 40 trabalhadores nos últimos seis meses e atualmente emprega 280 pessoas. Mas os cortes não devem parar por aí: "Vamos ter de dispensar mais 40", admite Franco.
A situação da Imprensa da Fé não é diferente da vivida pelas demais empresas do mercado gráfico editorial. Tanto que as principais empresas do setor, com a Associação Brasileira da Indústria Gráfica, encabeçam um movimento em defesa da indústria nacional. Amanhã, eles vão se encontrar em Brasília com a senadora Ana Amélia (PT/RS), autora de Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que estende a imunidade de livros, jornais e periódicos para outros insumos.
A PEC 28/2012 está na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania desde 14 de junho, aguardando designação de relator. Nossa bandeira é desonerar o produto brasileiro", diz Fabio Arruda Mortara, presidente da Abigraf. 

Forte alta dos preços força ajuste no setor imobiliário


Leandro Modé e Marina Gazzoni OESP
SÃO PAULO - O setor imobiliário passa por um ajuste. A forte valorização dos imóveis nos últimos anos deixou a casa própria mais distante do brasileiro, o que contribuiu para uma queda nos lançamentos neste ano. Em São Paulo, por exemplo, o preço médio dos imóveis subiu 140% entre janeiro de 2008 e junho de 2012, segundo o Índice FipeZap. Em compensação, o volume de lançamentos caiu cerca de 30% no ano.
Com isso, a expectativa de especialistas e do próprio Sindicato da Habitação (Secovi-SP) é de que os preços devem se estabilizar. Por ora, ninguém aposta em uma queda generalizada, embora algumas localidades possam passar por esse processo.
A renda da população não aumentou na mesma proporção dos preços e, por isso, muitos consumidores não conseguem comprar imóveis na região onde moram. Para adquirir um apartamento de 100 metros quadrados na Bela Vista, um bairro de classe média situado na região central de São Paulo, o cliente precisa de uma renda familiar líquida de R$ 17 mil/mês se quiser financiar 80% do valor do bem.
Só que, nesse distrito, apenas 18% da população ganha mais de R$ 15 mil por mês, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. O mesmo exercício aplicado a outros bairros aponta resultados semelhantes.
"Está cada vez mais difícil para o consumidor comprar a casa dos sonhos nas grandes cidades. Quem poderia comprar um apartamento de 70 m² há um ano hoje compra um de 50 m²", disse o vice-presidente de incorporação imobiliária do Secovi-SP, Emílio Kallas. "O preço alto é ruim para os incorporadores. O público consumidor dos empreendimentos fica menor."
Euforia
O descompasso entre a renda da população e o preço dos imóveis provocou uma parada técnica no mercado, avalia o diretor da consultoria Embraesp, Luiz Paulo Pompeia, especializada no setor imobiliário. "Houve uma euforia de incorporadores e consumidores. Mas o poder aquisitivo tem limites e muitos lançamentos não cabem no bolso do cliente", disse.
Na opinião de Pompeia, os preços devem se manter estáveis na média, mas, em alguns casos, podem até cair no ano que vem. "De 30% a 40% dos compradores de imóveis são investidores, não é o consumidor final. Há 7 anos, esse índice era de 15%. Eles precisam revender, mas, em alguns bairros, a demanda real já foi absorvida, principalmente por imóveis de alto padrão."
Em São Paulo, o especialista vê potencial para queda de preços em bairros como Campo Limpo, Vila Madalena, Bela Vista e Alto da Lapa. "A exceção é o segmento econômico (renda mais baixa). Há demanda real para movimentar o mercado pelos próximos dez anos", disse.
Embora continuem otimistas com as perspectivas para o setor, os bancos, que nos últimos anos abriram as torneiras do crédito imobiliário, não descartam estabilização dos valores. "Os preços não vão subir com a mesma velocidade de antes. Veremos mais moderação e, eventualmente, alguma acomodação", disse o diretor do departamento de crédito imobiliário do Bradesco, Cláudio Borges.
"Estamos assistindo a um ajuste entre oferta e demanda", emenda o diretor de crédito imobiliário do Banco do Brasil, Gueitiro Matsuo Genso. "Mas vemos perspectivas para um crescimento robusto para o setor."
Ainda sobre as perspectivas para os preços, o coordenador do Índice FipeZap, Eduardo Zylberstajn, também adota um tom cauteloso. "Não voltaremos mais àquela situação de altas muito expressivas", afirmou.
O diretor financeiro da construtora Eztec, Emilio Fugazza, relata que a margem bruta média das incorporadoras de capital aberto caiu de 39% para 26% entre 2007 e 2011. "O custo para construir subiu mais do que os preços dos imóveis", disse.
Projetos
As incorporadoras não atribuem a retração dos lançamentos à alta dos preços, mas a dificuldades em aprovar novos projetos. "Chegamos a levar quatro anos para conseguir a liberação de um empreendimento em todos os órgãos reguladores", disse o vice-presidente do Secovi.
Segundo ele, o setor tem enfrentado entraves para lançar empreendimentos pela falta de terrenos aptos à incorporação e pela demora na aprovação de projetos. Para o Secovi, a solução para controlar os preços está na flexibilização das regras para lançamentos, o que viabilizará a expansão da oferta.