25 de março de 2015
Karina Toledo | Agência FAPESP – O secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação, Márcio França, foi recebido por dirigentes da FAPESP na sede da Fundação, no dia 18 de março.
Para receber França, que também é vice-governador do Estado, estiveram presentes o presidente da FAPESP, Celso Lafer; o vice-presidente, Eduardo Moacyr Krieger; o diretor científico, Carlos Henrique de Brito Cruz; o diretor administrativo, Joaquim José de Camargo Engler; e membros do Conselho Superior.
De acordo com Lafer, a visita de França foi uma oportunidade de a FAPESP apresentar o trabalho realizado em todos os campos do conhecimento e o significado das realizações da Fundação para o desenvolvimento do Estado de São Paulo e para “o bem-estar mais amplo de toda a sua população”.
“Tivemos a oportunidade de ouvir do secretário as principais preocupações do governo em relação a uma série de áreas em que a FAPESP pode contribuir, como gestão hídrica e combate à dengue”, disse Lafer.
França falou sobre o esforço feito ao longo dos anos no Estado de São Paulo para aprofundar o investimento em ciência e tecnologia. “Isso ofereceu um diferencial na qualificação de seus profissionais, refletiu na economia, em uma infraestrutura mais bem feita e em um governo mais estável. Essa somatória de fatores produziu resultados mais contínuos de desenvolvimento”, disse.
Segundo o secretário, como boa parte do investimento no setor é feito com dinheiro público, as pesquisas precisam ajudar a encontrar soluções para “os problemas mais prementes do estado e de sua população”.
“É possível encontrar soluções tecnológicas para lidar com problemas em áreas como segurança pública, saúde e educação. Quando se encontra uma tecnologia de ponta, é possível reduzir gastos. Precisamos aproximar o que está sendo pensado na academia do que o Estado está precisando”, disse França.
Brito Cruz lembrou que cerca de 55% dos recursos da FAPESP são investidos em pesquisas com vistas a aplicações, cerca de 35% em apoio ao avanço do conhecimento e 10% em apoio à infraestrutura de pesquisa.
O diretor científico da FAPESP apresentou a proposta de se criar em cada uma das secretarias – a exemplo do que é feito no Reino Unido e em Israel – o cargo de cientista-chefe, que ficaria responsável pela interlocução entre administradores públicos, universidades e agências de fomento.
“Na Inglaterra, por exemplo, esse trabalho é feito por professores de boas universidades, que permanecem no cargo por um ou dois anos e depois são substituídos. Aqui também seria possível licenciar um professor da área por um ou dois anos para exercer a função de constantemente procurar como a ciência e a tecnologia poderia ajudar uma determinada secretaria em seu trabalho. Se o Estado de São Paulo fizesse isso, seria um exemplo para o Brasil sobre como conectar pesquisa com ações de governo”, disse Brito Cruz.
Krieger ressaltou a necessidade de se aplicar o conhecimento gerado nas universidades para melhorar a qualidade de vida da população. “As faculdades de medicina, por exemplo, não podem assumir o papel do sistema público de saúde, mas têm de fazer a ponte entre a formação de recursos humanos, a geração de conhecimento e a sua aplicação. Na FAPESP, temos interesse de que o conhecimento se reflita em desenvolvimento”, disse.
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