sexta-feira, 28 de junho de 2013

Energia renovável deve suprir 25% da demanda mundial em 2018


27 de Junho de 2013 • Atualizado às 10h54


A geração de energia a partir de fontes renováveis deve superar a produção de gás e ser o dobro da nuclear até 2016. Este é o cenário apresentado no relatório “Mercado da Energia Renovável em Médio Prazo”, produzido anualmente pela Agência Internacional de Energia (AIE).
De acordo com o estudo, mesmo que o contexto econômico mundial seja difícil, as energias renováveis devem apresentar um crescimento de 40% nos próximos cinco anos. A expectativa é de que até 2018 as fontes limpas sejam responsáveis por 25% de toda a produção energética mundial.
“À medida que os custos continuam a cair, as fontes de energia renováveis estão crescendo cada vez mais por méritos próprios e contra a geração de combustíveis fósseis”, informou a diretora-executiva da AIE, Maria van der Hoeven, durante a apresentação do relatório em Nova Iorque, na última quarta-feira (26).
Maria ainda explicou que a participação política é essencial para o crescimento do setor. “Muitas energias renováveis já não necessitam de incentivos econômicos elevados. Mas, eles ainda precisam de políticas de longo prazo que ofereçam um mercado previsível e confiável e um quadro regulamentar compatível com os objetivos da sociedade.” Ela ainda lembrou que os subsídios destinados aos combustíveis fósseis permanecem seis vezes maiores que o montante destinado às energias limpas.
Existem dois principais motivadores para uma expectativa de crescimento tão grande: o alto investimento dos mercados emergentes, principalmente em grandes nações, como a China; e a competitividade bem estabelecida de energia hidrelétrica, geotérmica e bioenergia.
Os biocombustíveis também devem ter papel importante na crescente da energia renovável. A previsão é de que ele seja o responsável por abastecer 4% da demanda mundial de transporte rodoviário em 2018. Mesmo que a taxa de crescimento seja mais lenta que o de outras fontes, este é considerado um ganho bastante considerável. Nos próximos cinco anos, o uso da biomassa também deve subir para 10% - em 2011 o percentual era de 8%. Mesmo assim, a AIE considera esse um potencial pouco explorado.
Redação CicloVivo

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