Coordenador do Comitê de Requalificação defende a criação de espaços de lazer, cultura, integrando os parques e clubes que ficam nas margens dos rios
04 de junho de 2013 | 2h 03
O Estado de S.Paulo
1. Há muito tempo, fala-se na despoluição dos rios da capital. O que pode fazer desse um plano diferente? Rodolfo Costa e Silva - Acho que a diferença é que esse é um plano global de recuperação ambiental e valorização urbanística. A gente não pode valorizar um uso do rio em detrimento de outro. Não podemos pensar só em navegação e não se preocupar com abastecimento de água ou amortecimento de enchentes.
2. Que avaliação o senhor faz das margens dos rios? Rodolfo Costa e Silva -Hoje, nossos rios estão tampados. Não fisicamente, mas oprimidos pelas marginais. Mas o que fazer? Tirar as marginais? Isso não é possível. Então acredito que a gente tenha de criar espaços onde é possível levar a cidade para dentro do rio. E as ciclovias já estão fazendo isso. Mas a ideia é criar espaços de lazer, cultura, integrando os parques e clubes que ficam nas margens dos rios.
3. Um projeto desse tamanho não deve enfrentar ceticismo? Rodolfo Costa e Silva - A solução tem de ser do tamanho do problema, do que São Paulo precisa. Um projeto desses pode mudar a vida na metrópole. Fala-se muito do Rio Maravilha (requalificação urbana da região da área portuária, no Rio). Mas o impacto desse projeto na vida de São Paulo pode ser muito maior do que o do Porto Maravilha no Rio.
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