quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Defensor público quer responsabilizar governo de SP por crimes de maio de 2006



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publicado em 11/05/2010 às 06h01:


Antônio Maffezoli diz que Estado falhou na segurança
Camilla Rigi, do R7
O defensor público Antônio José Maffezoli entrou com ação na segunda-feira (10) na Vara da Fazenda Pública de Santos, no litoral sul, contra o governo do Estado de São Paulo. Ele acompanhou seis casos em que nove pessoas morreram durante os ataques da organização criminosa que age a partir dos presídios paulistas em maio de 2006. Todos esses casos, ocorridos em Santos, foram arquivados.

- Estou pedindo a responsabilização do Estado por três motivos: há indícios de que crimes foram cometidos por policiais, o Estado falhou na segurança e na investigação dos crimes.

Maffezoli diz que várias provas não foram colhidas e que as apurações foram superficiais. No total, 493 pessoas morreram no período de 12 a 20 de maio de 2006 em todo o Estado. Não há números oficiais de quantos casos efetivamente foram investigados.

Na ação, ele pede indenização para as famílias, além de um pedido de desculpas e a construção de um monumento em homenagem às vitimas da violência. O defensor quer ainda que os crimes sejam investigados por uma instituição federal.
- Acredito que o Estado brasileiro reconheça essa necessidade. Se não, vamos à Corte Interamericana de Direitos Humanos.
Passados quatro anos dos crimes, Maffezoli diz que a dor das mães e de todos os familiares das vítimas só aumenta com a impunidade.

- A maioria dos mortos não estava envolvida com a criminalidade, estava apenas andando na rua. Nessas datas que relembram os crimes, os familiares ficam ainda mais deprimidos.

A reportagem do R7 procurou a Secretaria de Segurança Pública para comentar a ação judicial, mas não obteve retorno até a publicação dessa reportagem. A pasta disse, por meio de sua assessoria de imprensa, que “os inquéritos já foram relatados na Justiça e não fazem mais parte da esfera policial”.

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