Pedro Ladeira/Folhapress | ||
O ministro José Eduardo Cardozo (Justiça) durante evento no Ministério da Educação |
De saída do Ministério da Justiça, o ministro José Eduardo Cardozo pode ser deslocado para a AGU, a Advocacia Geral da União.
Seria uma saída encontrada pela presidente Dilma Rousseff para mantê-lo no governo.
O ministro decidiu deixar o cargo, como antecipou neste domingo (28) aFolha.
Um dos cotados para substituí-lo na pasta deve ser Wellington Cesar, procurador baiano ligado ao ministro Jaques Wagner, da Casa Civil.
Cardozo, que já ameaçou pedir demissão em outras oportunidades, sairá em um dos momentos mais delicados do governo Dilma. Bombardeada por denúncias que podem envolver a sua campanha eleitoral, em especial depois da prisão do marqueteiro petista João Santana, a presidente está cada vez mais isolada e distante até mesmo do PT, partido que a elegeu e ao qual é ainda filiada.
Cardozo deixa o cargo também em uma semana conturbada, em que novas delações premiadas podem ocorrer na Operação Lava Jato e em meio a rumores de que estariam sendo preparadas buscas e apreensões em propriedades ligadas ao ex-presidente Lula e a seus familiares.
Nas últimas semanas, a pressão sobre Cardozo, vinda do PT e de partidos da base do governo, chegou a limites "intoleráveis", segundo revelam amigos próximos do ministro.
Para o ex-presidente Lula, o ministro da Justiça é o responsável pelo avanço das investigações ao coração do PT e do Planalto por não controlar a Polícia Federal.
Representantes de setores empresariais investigados pela Lava Jato tambémengrossam o coro contra Cardozo.
Ele estaria sofrendo críticas "injustas tanto da direita quanto da esquerda". E teria concluído que "ajuda mais saindo do governo do que permanecendo no cargo", afirma um desses interlocutores à Folha.
Na última semana, parlamentares cobraram de Cardozo o resultado de inquéritos que apuram abusos de policiais federais na condução de operações em curso. Eles consideram que o Ministério da Justiça não trata dos casos com o devido rigor.
Seria uma saída encontrada pela presidente Dilma Rousseff para mantê-lo no governo.
O ministro decidiu deixar o cargo, como antecipou neste domingo (28) aFolha.
Um dos cotados para substituí-lo na pasta deve ser Wellington Cesar, procurador baiano ligado ao ministro Jaques Wagner, da Casa Civil.
Cardozo, que já ameaçou pedir demissão em outras oportunidades, sairá em um dos momentos mais delicados do governo Dilma. Bombardeada por denúncias que podem envolver a sua campanha eleitoral, em especial depois da prisão do marqueteiro petista João Santana, a presidente está cada vez mais isolada e distante até mesmo do PT, partido que a elegeu e ao qual é ainda filiada.
Cardozo deixa o cargo também em uma semana conturbada, em que novas delações premiadas podem ocorrer na Operação Lava Jato e em meio a rumores de que estariam sendo preparadas buscas e apreensões em propriedades ligadas ao ex-presidente Lula e a seus familiares.
Nas últimas semanas, a pressão sobre Cardozo, vinda do PT e de partidos da base do governo, chegou a limites "intoleráveis", segundo revelam amigos próximos do ministro.
Para o ex-presidente Lula, o ministro da Justiça é o responsável pelo avanço das investigações ao coração do PT e do Planalto por não controlar a Polícia Federal.
Representantes de setores empresariais investigados pela Lava Jato tambémengrossam o coro contra Cardozo.
Ele estaria sofrendo críticas "injustas tanto da direita quanto da esquerda". E teria concluído que "ajuda mais saindo do governo do que permanecendo no cargo", afirma um desses interlocutores à Folha.
Na última semana, parlamentares cobraram de Cardozo o resultado de inquéritos que apuram abusos de policiais federais na condução de operações em curso. Eles consideram que o Ministério da Justiça não trata dos casos com o devido rigor.
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