Na última quinta-feira (30), o Metrô de São Paulo e o consórcio que construiria as futuras estações da linha 4-amarela rescindiram o contrato. O fim da parceria podepostergar em mais um ano a inauguração das já atrasadas estações da linha.
Veja a seguir 10 fatos que marcaram a construção da linha 4-amarela
1968
Em 1968, o consórcio HMD, formado por três empresas, apresenta à Prefeitura de São Paulo o primeiro projeto detalhado para o metrô de São Paulo. Nele, já constava o projeto da linha amarela. A via ligaria a região do Joquey Club de São Paulo à rodovia Anchieta, passando pelas estações República, Pedro II, no centro, e com um ramal até a zona leste.
Divulgação | ||
Primeira rede de metrô de São Paulo, concebido pelo consórcio HMD, formado pelas empresas alemãs Hochtief e Deconsult e pela brasileira Montreal |
1993
O Metrô, já sob o controle do governo do Estado de São Paulo, define o trajeto da linha 4, como ela existe hoje. Em relação ao plano HMD, o Metrô desiste da parte da linha que seguiria pela zona leste.
1995
Com os projetos em mãos, o então governador Mário Covas (PSDB), na foto, anunciou a construção da linha. Leia essa matéria no acervo Folha
Eduardo Knapp/Folhapress | ||
O então governador de São Paulo, Mário covas (PSDB) anunciou a construção da linha 4-amarela |
2004
Quase dez anos depois do anúncio da obra, o governador Geraldo Alckmin (PSDB), inicia a construção da primeira fase da linha. A primeira etapa previa a abertura do túnel com o tatuzão e a construção das estações Luz, República, Paulista, Faria Lima, Pinheiros e Butantã. Em uma matéria daquele ano, a Folha já falava do atraso no projeto, do ritmo lento das construções e do prazo de entrega da primeira etapa, que deveria ser em 2008.
Jorge Araujo/Folhapress | ||
O governador Geraldo Alckmin (PSDB), em 2004, ano em que anunciou o início das obras da linha 4-amarela |
2006
O governo do Estado assina o contrato com a concessionária ViaQuatro para operação da linha por 30 anos. Essa é a primeira PPP (Parceria Público-Privada) do Brasil. Na ocasião, a previsão era de que a primeira fase da linha iniciasse a operação em dezembro de 2008 e a segunda fase até 2010.
2007
Um acidente abre uma cratera na futura estação Pinheiros, matando sete pessoas. A queda ocorreu no início do governo de José Serra (PSDB).
2010
A acidente atrasou ainda mais as obras e o governo do Estado decidiu "parcelar" a entrega das estações da primeira fase –o contrato original previa cinco estações abertas ao mesmo tempo. A linha iniciou as operações com apenas duas estações, Paulista e Faria Lima, em maio de 2010. No ano seguinte foram inauguradas as estações Butantã, Pinheiros, República e Luz, completando a primeira fase.
Alex Almeida/Folhapress | ||
Funcionários trabalham nas obras da linha 4-amarela do metrô, em 2007 |
2012
Em março de 2012, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) autoriza o início das obras da segunda fase da linha (Higienópolis-Mackenzie, Oscar Freire, Fradique Coutinho, São Paulo-Morumbi e Vila Sônia). O governo do Estado achava que, ainda com o estádio do Morumbi cotado para ser a sede paulista na Copa-2014, a linha 4 chegaria até o bairro a tempo do evento.
2014
Em novembro de 2014, o Metrô inaugura a primeira estação da segunda etapa da linha amarela. A estação Fradique Coutinho é a estação mais nova do Metrô.
Lalo de Almeida/Folhapress | ||
O governador Geraldo Alckmin (PSDB) na inauguração da estação Fradique Coutinho, na zona oeste de São Paulo |
2015
Com o rompimento do contrato entre o governo do Estado e o consórcio que construía as estações da segunda etapa da linha amarela, a nova previsão é de que as estações Higienópolis-Mackenzie e Oscar Freire fiquem prontas em 2017. As estações Vila Sônia e São Paulo-Morumbi deverão ser entregues apenas em 2018.
20...?
A terceira fase da linha 4, que nem teve licitação concluída ainda, deverá ligar a estação Vila Sônia ao município de Taboão da Serra. O novo trecho deve adicionar 2,7 km ao ramal e terá duas estações: Chácara do Jóquei e Largo do Taboão. Em 2012, no início das obras da segunda fase, o trecho chegou a ser prometido para 2016. Hoje a gestão tucana não se arrisca a prever quando ficará pronta.
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