POR FREDERICO VASCONCELOS
09/04/15 12:06
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Demora em quase 400 procedimentos “viola o
princípio constitucional da duração razoável do processo”, dizem.
Em ofício ao
presidente do Conselho Nacional de Justiça, ministro Ricardo Lewandowski, sete
dos quinze conselheiros do órgão pedem que as sessões ordinárias passem a
ser realizadas pela manhã e à tarde, e que sejam marcadas sessões
extraordinárias para reduzir o volume de processos acumulados sem decisão.
“Na presente data,
quase 400 procedimentos aguardam inclusão em pauta, início ou conclusão de
julgamento pelo Plenário do Conselho Nacional de Justiça, alguns distribuídos
há anos, o que depõe contra as finalidades do CNJ e viola o princípio
constitucional da duração razoável do processo”, afirmam.
Um processo que trata
de assunto relevante –a regulamentação da Lei de Acesso à Informação no Poder
Judiciário– aguarda inclusão em pauta desde meados de 2014.
O ofício foi recebido
pela presidência na última terça-feira (7), antes da sessão ordinária.
A manifestação
é assinada pelos conselheiros Ana Maria Duarte Amarante Brito, Gilberto
Valente Martins, Guilherme Calmon Nogueira da Gama, Luiza Cristina Fonseca
Frischeisen, Paulo Eduardo Pinheiro Teixeira, Rubens Curado Silveira e Saulo
José Casali Bahia.
Os subscritores
requerem que a primeira sessão extraordinária seja realizada antes do dia 28/4,
para julgamento de processos relatados e com vistas para os conselheiros que
encerrarão o mandato nessa data.
Pedem ainda o
julgamento dos seguintes processos, todos incluídos na pauta ou com pauta
solicitada:
- Processo 6737-58.2014.2.00.0000 – relatoria de
Flávio Sirângelo (propostas de alteração do Regimento Interno);
- Processo 779.57.2015.2.00.0000 – relatoria de
Saulo Bahia (propostas de alterção do Regimento Interno)
- Processo 3739-88.2012.2.00.0000 – relatoria de
Gilberto Valente (proposta de regulamentação da Lei de Acesso a Informações no
Poder Judiciário).
Os conselheiros
consideram que a realização de cinco sessões extraordinárias no final do ano
passado –em razão de requerimento semelhante– atenuou o represamento, “mas a
situação voltou a agravar nos primeiros meses de 2015, inclusive ante a
realização de sessões ordinárias apenas no turno vespertino”.
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