Publicado em 09/05/2011 - 0 comentários
Proporcionalmente, o centro foi a região onde mais habitações sem uso tiveram algum tipo de destinação
Em dez anos, um total de 127.706 imóveis vagos foram ocupados, segundo dados do Censo 2010 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Na contagem anterior, em 2000, eram 420.327 nessa situação.
A capital conta com 293.621 imóveis vagos, quase o mesmo que as edificações existentes em São Bernardo do Campo (Grande SP).
Desse total, 90.110 estão na zona leste (30,68%). Na outra ponta está o centro, que corresponde a 7,52% do montante (22.087).
No comparativo entre os dois Censos, é possível afirmar que a quantidade de imóveis vagos caiu 30%, assim como sua participação no total de habitações existentes. Entretanto, o deficit habitacional atual é duas vezes e meia maior do que era há dez anos.
Isso porque, em 2000, a capital contava com 3.554.820 imóveis, 11,8% deles não tinham uso (420.327), e a quantidade de pessoas que precisavam de casa para morar era de 203 mil famílias. Ou seja, a quantidade de imóveis não ocupados cobriria duas vezes a demanda por moradia da época.
Hoje, apesar de o índice de ocupação ser maior - a participação dos vagos caiu para 7,4% (293.621) do total de 3.935.645 edificações -, existem 712 mil famílias sem moradia adequada, inclusos no cálculo os moradores de favelas, cortiços e habitações irregulares.
Ou seja, a oferta atual teria de ser uma vez e meia maior para atender todos aqueles que buscam moradia ou que não moram em locais adequados na capital.
Centro
Proporcionalmente, a região que experimentou maior ocupação dos imóveis vagos foi a do centro. Em 2000 havia 38.604 edificações nessa situação (9,18% do total dos não usados à época). Hoje são 22.087 (7,52%).
Não por coincidência, o Censo 2010 também apontou que a região foi a que mais recebeu moradores na última década. Em 2000, 413.896 pessoas habitavam ali, número que saltou para 477.670 em 2010, num acréscimo de 15% (63.774 a mais).
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