Fonte: Portal Brasil - 28.07.2016
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Alex Lang/UnB Agência
A informação está no boletim “Energia Solar no Brasil e no Mundo – Ano de Referência – 2015”, publicado pelo Ministério de Minas e Energia (MME). A publicação aponta que, em 2014, foram contratados 31 projetos em leilões (890 MW) e, em 2015, 63 projetos (1.763 MW). Ambos totalizaram 2.653 MW de capacidade instalada. Entre os países com maior potência instalada estão: China, Estados Unidos, Alemanha, Japão e Itália. O grupo responde por 68% do total mundial nessa fonte. Em 2015, a China alcançou o 1º lugar no ranking mundial de geração e os Estados Unidos ficaram em 2º, ambos superando a Alemanha, líder do ranking em 2014. Oferta mundial Até o final de 2015, todos os países do mundo computavam uma potência instalada solar fotovoltaica de 234 GW, considerando também a expansão de 52 GW no ano. De acordo com dados da Agência Internacional de Energia (IEA), a geração solar poderá responder por cerca de 11% da oferta mundial de energia elétrica em 2050 (5 mil TWh). A área coberta por painéis fotovoltaicos capaz de gerar essa quantidade é de 8 mil km², o equivalente a um quadrado de 90 km de lado. Para 2024, a estimativa do Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE-2024), é que a capacidade instalada de geração solar no Brasil chegue a 8.300 MW. A proporção da geração solar chegará a 1% da total. Os estudos do PDE 2025, em elaboração, sinalizam a ampliação dessas previsões. Geração distribuída O número de instalações solares distribuídas apresenta crescimento no Brasil. Em oito meses, essas instalações triplicaram no País, aproximando-se de 4000 unidades, com potência média de 7,4 KW. Os estudos do Plano Nacional de Energia (PNE 2050), em elaboração pela Empresa de Pesquisa Energética, estimam que 18% dos domicílios de 2050 contarão com geração fotovoltaica (13% do consumo residencial). Para ampliar ações de estímulo à geração distribuída, o Banco do Nordeste lançou uma linha de crédito para ampliar ações nessa área. O financiamento utiliza recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) e tem prazo de pagamento de até 12 anos, com um ano de carência. O crédito do Banco do Nordeste é destinado a empresas agroindustriais, industriais, comerciais e de prestação de serviços, além de produtores rurais, cooperativas e associações beneficiadas ou não com recursos do FNE. |
terça-feira, 16 de agosto de 2016
29.07.16 | Brasil deve integrar Top 20 em energia solar em 2018 - Procel Info
08.08.16 | Nissan revela o 1º carro do mundo movido a óxido sólido
Fonte: Portal Exame - 05.08.2016
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São Paulo - A fabricante de automóveis japonesa Nissan acaba de revelar no Brasil o primeiro protótipo elétrico movido por uma célula de combustível de óxido sólido (SOFC, na sigla em inglês). Inédito no mundo, o novo sistema destaca-se perante outros tipos existentes por sua alta eficiência elétrica.
A célula de combustível utiliza a reação de bioetanol com oxigênio para produzir eletricidade com elevada eficiência. Segundo a empresa, o conjunto, que inclui um gerador de força, carrega uma bateria de 24 kWh e garante autonomia superior a 600 km. Ao longo dos próximos meses, a Nissan vai realizar testes de campo em vias públicas no país usando o protótipo. A pesquisa e o desenvolvimento da chamada "Célula de Combustível e-Bio" foi anunciada pela montadora em junho, em Yokohama, no Japão, mas só agora é revelado mundialmente. |
Beber para não esquecer, Oesp
04 Agosto 2016 | 02h33
O Ibope descobriu o índice cachaça. Quanto menor a confiança do consumidor brasileiro, maior a venda da bebida e vice-versa. O instituto encontrou forte correção entre as duas curvas: quando o otimismo do consumidor aponta para cima, cai o número de garrafas de pinga comercializadas; se o consumidor fica apreensivo, com medo do futuro, dá-lhe cachaça. Parece piada, mas é sério como dinheiro. Tem até equivalente internacional.
Nos EUA, já é tradicional o lipstick index: a venda de batom cresce na direta proporção da queda do poder de compra dos consumidores. Não é difícil de entender. Sem dinheiro para ir ao salão de beleza ou para comprar uma roupa, a norte-americana endividada investe em algo barato, mas que dá um realce à sua aparência. O batom se tornou assim termômetro da crise.
No Brasil, o aumento do consumo de cachaça quando a vida econômica fica mais amarga é fruto também da troca de produtos na cesta do consumidor. Em vez de beber cerveja, o brasileiro em crise pede uma branquinha. Além de mais barata, tem teor alcoólico dez vezes maior. Na compra de calorias, a conta da pinga é bem mais vantajosa. Pode não dar o mesmo status que uma loira gelada, mas a cachaça é imbatível no retorno de graus da escala Gay Lussac por real investido.
Fosse apenas a cachaça, seria só uma curiosidade. Mas o estudo do Ibope – desenvolvido junto com uma nova ferramenta para entender o consumidor brasileiro, o Peoplescope – foi bem mais fundo em suas conclusões. Ao cruzar informações censitárias com pesquisas de opinião e local de moradia das pessoas, o Ibope encontrou 42 segmentos populacionais bem distintos nas suas características, hábitos e atitudes. Em comum, mudanças na cesta de consumo e na rotina de compras por causa da crise.
Cai o consumo de carnes e produtos de limpeza, mas cresce a venda de frutas, legumes e verduras. Assim, o valor médio da compra cai e a frequência com que o brasileiro vai ao mercado aumenta. Compra menos, mais barato e mais vezes por mês.
Para Marcia Cavallari, CEO do Ibope Inteligência, esta crise não é como as anteriores. “Apesar das crises serem uma constante na história do Brasil, esta é diferente, atinge a todos. É mais abrangente. Não é só econômica, ela também diz respeito às questões sociais, política e morais”, enumera.
Marcia vê homogeneidade de pensamento e reação de todos os segmentos sociais nessa nova situação. “A crise de confiança é generalizada, até dos próprios cidadãos em si mesmos.” É como se todos se perguntassem: “Será que vou conseguir pagar as contas?” A frustração é potencializada pelo contraste com a euforia que esse mesmo consumidor experimentou não faz tanto tempo.
A impressão é de que ele está perdendo tudo o que conquistou. “Daí vêm sentimentos de raiva, frustração, medo, insegurança, desvalorização, privação”, analisa Marcia. Mas isso tem consequências positivas também. Ele se torna um consumidor mais consciente, que escolhe, compara e troca marcas. E isso se reflete no comportamento do cidadão, que também escolhe, compara e troca de candidatos e líderes políticos.
A interação do novo consumidor com o novo cidadão – propiciada pela crise – é tão poderosa que tem influência definitiva sobre o comportamento geral da economia. Outro estudo do Ibope mostra que o peso das percepções e expectativas do consumidor sobre o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) já é maior do que todas as variáveis socioeconômicas juntas: câmbio, finanças públicas, produção e até o poder de compra do salário mínimo.
Entre 1994 e 2010, as coisas se equivaliam. A partir de 2011, e, mais intensamente, desde 2015, índices como Inec (CNI/Ibope) e ICC (FGV) explicam muito mais a variação negativa do PIB do que todas as outras variáveis comparadas. E tome pinga.
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