sexta-feira, 10 de junho de 2011

Saco de lixo retornável é destaque em coleta

segunda-feira, 6 de junho de 2011 6:14


Andréia Meneguete 
Do Diário do Grande ABC

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Há uma semana os moradores do bairro São José, em São Caetano, iniciaram a experimentação do projeto de sacos retornáveis na coleta seletiva porta a porta.

A iniciativa, criada pela Secretaria Municipal de Serviços Urbanos, em parceria com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente  e Sustentabilidade, tem como objetivo potencializar o aproveitamento do lixo reciclável. 
A medida organizada pelos órgãos municipais apresenta como diferencial as diversas vezes que a sacola de 100 litros, confeccionada com polipropileno, pode ser utilizada pela população. 

Entretanto, nem tudo anda acontecendo conforme o que foi anunciado pelos responsáveis pelo projeto. 

O início da nova ação apresenta algumas falhas, conforme foi detectado pelo Diário. O morador Vanderlei Aparecido Rodrigues, 46 anos, por exemplo, só soube da campanha quando viu o saco amarelo jogado em seu quintal na última quinta-feira. "Encontrei o material na porta da minha casa com algumas instruções por escrito e guardei. Não entendi como tudo será feito", explicou o motorista. "Não separo o lixo, deixo tudo misturado mesmo", complementou. 

Contudo, em pouco tempo de atuação, a campanha em meio de alguns percalços conquistou adeptos e vai ganhando força de forma gradativa. 
A aposentada Aida Almendra, 77 anos, e a doméstica Sueli Dias de Freitas, 57 anos, não receberam em mãos o saco retornável, mas fizeram questão de ligar na prefeitura para ter o material em casa, com o objetivo de separar o lixo.

"Levava meu lixo até um local que tinha as lixeiras identificadas, agora posso entregar daqui mesmo, na minha própria casa", indicou Aida. Sueli começou a fazer separação de material há três dias. "Nunca me interessei por dividir o lixo, agora vi o quanto é importante", ressaltou. 
A retirada do material será feita toda segunda-feira na parte da manhã por caminhão específico e adaptado.

São Bernardo terá 1ª termelétrica movida a lixo do País


06 de junho de 2011 | 10h 31
AE - Agência Estado
A prefeitura de São Bernardo, no interior paulista, vai lançar hoje o edital de licitação para seu novo projeto de tratamento de lixo, que deverá render ao País a primeira usina termelétrica movida a lixo. A estimativa é gerar 30 MW/h, o que poderia abastecer uma cidade de 200 mil habitantes - e poderão ser revendidos à Eletropaulo.
De acordo com o secretário de Coordenação Governamental, Tarcísio Secoli, a queima evita inconvenientes como a produção de chorume e gases comum nos aterros. E as cinzas geradas com a queima podem ser aproveitadas em asfalto de estradas. Além disso, não inutiliza grandes terrenos para a criação de aterros, como o de Mauá, onde a cidade deposita seu lixo hoje.
A criação de uma usina termelétrica à base de lixo também é um tema recorrente em cidades como Curitiba e São José dos Campos, no interior paulista. Em São Bernardo, a previsão é assinar contrato neste ano. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo. 


Rota turística pelo Rio Tietê deve ir até Salto


Governador vai anunciar, em julho, plano para ampliar hidrovia com o Paraná em 200 quilômetros; Emae ainda investirá em pequenas usinas

06 de junho de 2011 | 0h 00
José Maria Tomazela - O Estado de S.Paulo
SOROCABA
Divulgação
Divulgação
Barco a motor. Prefeito já seguiu pelo rio até Porto Feliz
O sonho de viajar de barco pelo Rio Tietê, desde São Paulo até a foz no Rio Paraná, como faziam os antigos bandeirantes, está próximo de se tornar realidade. O governador Geraldo Alckmin deve anunciar no próximo mês o início do plano de trabalho para ampliar a Hidrovia Tietê-Paraná em 200 quilômetros. Com isso, a parte navegável do rio, que hoje chega a Anhembi, região de Botucatu, se estenderá até Salto, a 98 km da capital.
Além do transporte de cargas em barcaças, a hidrovia permitirá tirar do papel o plano de transformar o rio em uma grande rota turística. Desde o fim dos anos 1990, o prefeito de Salto, Geraldo Garcia (PDT), trabalha em um roteiro para resgatar a saga dos bandeirantes que desciam o Tietê para explorar as riquezas do interior. Os bandeirantes saíam de São Paulo, Santana de Parnaíba e Sorocaba, lançando-se ao rio em Porto Feliz. Os locais de parada das monções terão atracadouros para os barcos turísticos. A ideia é aproveitar a importância histórica e a beleza dessas paragens.
Garcia também subiu em barcos a motor, abaixo da cachoeira de Salto, e seguiu pelo rio 48 quilômetros até Porto Feliz. Tudo para provar que era possível navegar pelo Tietê mais perto de São Paulo, apesar da poluição. Ele fez seis viagens, a última no início deste ano.
"Ainda tem poluição, sobretudo agora que o rio está muito baixo pela falta de chuvas, mas a região é de grande beleza. Tem muitas aves e até peixes nesse trecho", dizia na sexta-feira. Com o apoio da Faculdade de Tecnologia de Jaú, o prefeito explorou metro por metro essa parte do rio. Ele descobriu pelo menos 40 fazendas na região com potencial para o turismo. "Algumas têm casas-grandes antigas e espetaculares que podem facilmente ser transformadas em hotéis ou pousadas."
Com a hidrovia, ele vê possibilidade de ampliar o projeto até Anhembi, passando por cidades com bom potencial turístico, como Tietê, Jumirim, Laranjal Paulista e Conchas. "É uma região rica em tradições culturais, como a Festa do Divino e o cururu, sem contar a gastronomia e a boa cachaça produzida em alambiques", conta. A partir de Anhembi, barcos turísticos já percorrem o Tietê, passando pela eclusa de Barra Bonita. Dali para a frente, até o Rio Paraná, as embarcações de passageiros dividem o leito do rio com os comboios de barcaças transportando cargas.
Projeto. A Empresa Metropolitana de Águas e Energia (Emae), vinculada à Secretaria de Saneamento e Energia, abriu licitação para o projeto de extensão da hidrovia, em parceria com o Departamento Hidroviário do Estado.
Até o fim deste mês, deverá ser definida a empresa para fazer o projeto básico, que servirá para a contratação da obra. O prazo para a conclusão dessa fase será de seis meses. Está prevista ainda a construção de três a cinco Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCH) no trecho entre Salto e Anhembi. As barragens servirão para regular a vazão do rio, permitindo a navegação em qualquer época do ano, e terão eclusas. Haverá também geração de energia e redução nas enchentes do rio, que periodicamente atingem as cidades de Porto Feliz e Tietê. Com a ampliação, o trecho navegável do Rio Tietê aumentará para 850 quilômetros.
O diretor-presidente da Emae, Antonio Bolognesi, vê com interesse o uso integrado das águas do rio. "Estávamos acostumados a trabalhar esses projetos com a visão energética. Hoje, a ideia é induzir o desenvolvimento em todos os aspectos, incluindo o turístico."
PARA LEMBRAR
Caminho para o Mercosul
Desde o fim dos anos 1990, a hidrovia Tietê-Paraná (2,4 mil quilômetros de extensão) serve como rota de escoamento de mercadorias entre países do Mercosul. A construção da eclusa de Jupiá, na foz do Tietê, em 1998, possibilitou a navegação de cargueiros entre Conchas (SP) e Foz do Iguaçu (PR). No ano passado, foram transportados 5,6 milhões de toneladas de produtos agroindustriais. Os governos federal e de São Paulo anunciaram em abril investimentos de R$ 1 bilhão até 2014, com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) 2.