sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

Alesp aprovou a liberação de R$ 48 milhões para solução da crise do HU-USP


Após semanas de mobilização e greve, ontem, dia 26, a Comissão de Finanças, Orçamento e Planejamento da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) aprovou uma proposta de emenda adicional ao orçamento de 2018 do Estado de São Paulo, que poderá garantir cerca de R$ 48 milhões para contratação de recursos humanos para o Hospital Universitário. A emenda ainda passará pela sanção do governador Geraldo Alckmin.
“Com a emenda aprovada é possível contratar profissionais suficientes para o pleno funcionamento do Hospital”, avalia Gerson Salvador, diretor do Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp) e médico do Hospital Universitário, que completa: “Precisaremos continuar lutando para que o governador não vete a proposta e para que a universidade dê os devidos encaminhamentos para contratar profissionais que recomponham o quadro.”
O movimento em defesa do HU, organizado pelo Coletivo Butantã na Luta, por estudantes e residentes de medicina e enfermagem da USP, além dos profissionais que trabalham no hospital, com o apoio do Sindicato dos Trabalhadores da USP, Associação de Docentes da USP e do Simesp, levaram às autoridades abaixo-assinado com mais de 44 mil assinaturas exigindo o pleno funcionamento do HU.
A partir da interlocução com esse movimento e com a Promotoria de Saúde Pública do Ministério Público do Estado de São Paulo, o deputado Carlos Neder apresentou a proposta de emenda ao relator, deputado Marco Vinholi, que incluiu a verba no orçamento de 2018.
Entenda o caso
O Hospital Universitário da Universidade de São Paulo (HU-USP) enfrenta a sua pior crise. Devido à falta de médicos para completar a escala de plantão, o pronto-socorro pediátrico foi fechado no dia 21 de novembro, mantendo os atendimentos apenas de urgência e emergência. O pronto-socorro adulto está funcionando parcialmente pelo mesmo motivo. Em reunião para debater as diretrizes orçamentárias de 2018, no dia 28 de novembro, o conselho universitário negou, em votação, realizar novas contratações para o HU, mostrando novamente o descaso com o hospital.
Reivindicando a reposição do quadro de funcionários do HU, os estudantes de medicina e enfermagem iniciaram uma greve no dia 13 de novembro e realizaram diversos atos em prol de novas contratações e melhorias para o hospital. Os médicos residentes em pediatria e medicina de família e comunidade aderiram à greve dos estudantes

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