terça-feira, 29 de novembro de 2022

Alesp aprova aumento nos subsídios do governador, vice-governador e secretários do Estado de São Paulo, Alesp

 A Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo aprovou, nesta terça-feira (29), em sessão extraordinária, o aumento, para 2023, nos subsídios do governador, vice-governador e secretários estaduais. Do total de parlamentares presentes, 56 votaram sim e seis foram contrários. A medida segue agora para sanção ou veto, total ou parcial, do governador Rodrigo Garcia, no prazo de até 15 dias úteis após o recebimento do texto final aprovado pelo Legislativo.


Um dos principais objetivos da medida foi equilibrar os subsídios pagos ao governador, vice e secretários aos registrados em outros Estados, e também na iniciativa privada, e com isso aumentar o teto salarial da administração pública, de modo a garantir bons profissionais e quadros qualificados em outras carreiras públicas. Desde 2019 os salários não eram reajustados. Agora, um novo teto salarial poderá ser usado nas negociações de categorias do funcionalismo.

Pelo texto, o valor da remuneração do governador passará, a partir do próximo ano, de R$ 23.048,59 para R$ 34.572,89; do vice, de R$ 21.896,27 para R$ 32.844,41; e dos secretários, de R$ 20.743,72 para R$ 31.115,58.

Impacto

Ao longo dos últimos dias, parlamentares têm discutido sobre o impacto financeiro que a medida trará ao governo do Estado. Na última semana, em audiência pública na Alesp, o secretário de Estado da Fazenda e Planejamento, Felipe Salto, defendeu o aumento do salário, assegurando que o governo apresenta condições suficientes para arcar com a medida, que deve custar apenas 0,5% de todo o orçamento estadual.

Durante o processo de votação, parlamentares discutiram a matéria e expuseram as justificativas de seus votos. "Sou favorável à medida, porque eu não tenho uma visão de que a gente deva nivelar por baixo. Eu luto pelo reajuste de 33% no salário dos professores, pela aplicação do Fundeb, e continuarei lutando. Com essa alteração, temos condições de cobrar, também, para os demais profissionais", defendeu a deputada Professora Bebel (PT).

"O aumento do teto é justo. Porém, não é correto nós pensarmos só em uma categoria. Precisamos pensar em todos os servidores, principalmente os que estão na outra ponta da linha", discursou Adriana Borgo (Agir).

"A gente vinha tentando construir aqui um reajuste salarial digno para todos os servidores e servidoras, entendendo que não há justiça enquanto só os que ganham de cima terem reajuste, enquanto nós temos servidores e servidoras que estão em condição de fome no Estado de São Paulo", comentou a deputada Monica da Mandata Ativista (PSOL).

Painel Pacheco inclui na pauta retorno de quinquênio para juízes, FSP

 Juliana Braga

BRASÍLIA

O presidente do SenadoRodrigo Pacheco (PSD-MG), incluiu na pauta da próxima quarta-feira (30) a votação de um benefício para juízes e procuradores extinto há 16 anos.

PEC 63/2013 retoma o pagamento de um adicional de 5% por tempo de serviço a cada cinco anos na carreira. Até se aposentar, um magistrado pode receber o aumento até sete vezes.

O presidente do Senado Federal, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), conduz sessão do Congresso Nacional Foto: Roque de Sá/Agência Senado - Roque de Sá/Agência Senado

A votação no Senado acontece após o CJF (Conselho da Justiça Federal) ter aprovado o retorno dos pagamentos.

Pacheco já defendeu mais de uma vez o quinquênio. Advogado de profissão, ele afirma que o adicional serve para manter bons quadros na magistratura. Como há pouca variação entre o salários dos mais antigos e dos ingressantes, faltariam atrativos para manter bons juízes na carreira.

Aliados afirmam que o presidente do Senado já havia acordado a votação até o fim de sua gestão com líderes da Casa, tanto os que apoiam o presidente Jair Bolsonaro (PL) quanto os que apoiam o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

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A CJF votou o retorno do quinquênio no último dia 16. O pedido ao conselho, feito pela Ajufe (Associação dos Juízes Federais do Brasil), foi julgado procedente por 7 votos a 4.

A relatora do caso, que também é presidente do STJ (Superior Tribunal de Justiça), Maria Thereza de Assis Moura, foi contra a medida.

Embora seja demanda antiga do Judiciário, o quinquênio é alvo de críticas por parte de outros servidores e tem resistências dentro do próprio Senado, por beneficiar somente juízes e procuradores, que já possuem salários mais altos. Como reação, senadores apresentaram emendas estendendo o benefício a outras categorias de servidores.

Até mesmo Pacheco, que vem se envolvendo pessoalmente na questão, chegou a condicionar a aprovação dos recursos ao fim dos supersalários.


Alvaro Costa e Silva 'Patriotas' querem que a Copa se dane, FSP

 O golpismo financiado é a única razão de viver para os bolsonaristas que não suportam a realidade nem aceitam passar à condição democrática de oposição ao futuro governo.

Para manter a ilusão acesa se alimentam de teorias conspiratórias e soluções inexistentes e delirantes: intervenção federal, artigo 142, regaste do código-fonte, mensagens cifradas, ajuda divina. Na visão distorcida deles, o Brasil já virou uma ditadura — "as saídas constitucionais se encerraram", escreveu no Twitter um golpista que vive nos EUA — e é preciso enfrentar um arquivilão de história em quadrinhos: o Cabeça de Ovo.

Torcedores da seleção brasileira assistem ao jogo entre Brasil e Suíça, nas areias da praia de Copacabana, no Rio de Janeiro - Eduardo Anizelli/Folhapress

À falta de alvos específicos para insultar e agredir, arruma-se qualquer coisa. Até a seleção brasileira, cuja camisa amarela eles usaram e abusaram a ponto de provocar rejeição no verdadeiro torcedor. Agora não a querem mais vestir, temendo os golaços de Richarlison e Casemiro e a mobilização em torno da Copa, que atrapalham a vigília em frente aos quartéis. "Quero que a Copa se dane! Estamos aqui para ser libertos do comunismo", rosnou uma patriota.

Com a volta da Covid também retornou o negacionismo científico em relação a como se deve combater a doença, prática que, se não foi tão decisiva quanto se esperava, contribuiu para a derrota do capitão. O filho 03 — que viajou com a mulher para assistir ao Mundial — irá apresentar um projeto na Câmara para interromper a determinação da Anvisa de exigir o uso de máscaras em aviões e aeroportos. A obrigatoriedade, segundo ele, é uma "imbecilidade", esquecendo-se de que imbecil é quem retarda uma vacinação que teria poupado milhares de vidas.

Sentindo-se impune, o deputado está com saudade da matança de brasileiros. A PGR trava há três meses o acesso da PF a dados da CPI da Covid nos autos de uma investigação contra o líder dos charlatões. Mas daqui a pouco ele deixa a Presidência e perde os privilégios.