Ernesto Rodrigues/AE
Obra de R$ 50 milhões vai recuperar arquitetura 'extravagante' do começo do século 20
O projeto de restauração da primeira vila de São Paulo, a Vila Itororó, no Bexiga, região central, começa a sair do papel após quase 40 anos engavetado. Na tarde de ontem, técnicos do Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico e Cultural de São Paulo (Conpresp) foram ao local registrar todas as suas construções. Na semana que vem, começarão as demolições dos "puxadinhos" que foram construídos posteriormente nos arredores da casa principal.
O local será agora transformado em um centro cultural e gastronômico, possivelmente com um restaurante. O início das obras de restauro, com custo de R$ 50 milhões, está previsto para o ano que vem. A transferência de 86 famílias que habitavam a vila foi concluída no dia 15 - elas estão sendo realocadas em unidades da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU).
A vila foi construída entre 1916 e 1922 pelo tecelão português Francisco de Castro e ficou conhecida, já na época, como Casa Surrealista, pela arquitetura extravagante. É formada por um palacete e 37 casas. Diferentemente das construções da época, tem os quintais voltados para a frente dos imóveis. No terreno, de 4,2 mil m², Castro ergueu a primeira casa da cidade com piscina particular, aproveitando o riacho do Vale do Itororó.
Ainda ontem, o Conpresp abriu processo de tombamento de um casarão neocolonial na Avenida Angélica, em Higienópolis, e de um conjunto de galpões conhecido como Armazéns Gerais Piratininga, na Rua da Mooca. / RODRIGO BRANCATELLI
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