Fernando Haddad (PT) assumiu nesta segunda-feira o comando do Ministério da Fazenda, em cerimônia no teatro Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) em Brasília. Em seu primeiro discurso, o economista reafirmou o compromisso de enviar ao Congresso Nacional ainda no primeiro trimestre a proposta de um novo arcabouço fiscal, em substituição ao teto de gastos. Haddad também buscou passar uma mensagem de responsabilidade com as contas públicas, combate à inflação e prioridade aos temas sociais. O ministro destacou que será preciso “reconstruir a casa”, citando decretos publicados pelo governo Bolsonaro no dia 30. Ele também respondeu às críticas que o governo vêm recebendo em áreas específicas, principalmente depois do pronunciamento do presidente Lula na cerimônia de posse, que apontou uma política econômica de maior intervencionismo. Haddad acrescentou que “Estado forte não é um Estado grande ou obeso”. (Folha) Já como ministro, Haddad cancelou nomeações assinadas pelo vice e presidente em exercício, Hamilton Mourão, a dois dias do fim do governo Bolsonaro e que previam o envio de dirigentes da Receita Federal para cargos bem remunerados no exterior. O ministro também revogou isenções tributárias divulgadas no dia 30 de dezembro, entre elas a que reduzia as alíquotas de imposto sobre receitas financeiras, com impacto aos cofres públicos de R$ 6 bilhões. Segundo Haddad, as desonerações tributárias adotadas por Bolsonaro (PL) no apagar das luzes do mandato causaram, ao todo, um prejuízo “irrecuperável” de até R$ 15 bilhões aos cofres públicos. (CNN Brasil) Mas… Investidores e economistas têm mostrado preocupação com indicativos de aumento dos gastos públicos e de maior intervenção estatal na economia no governo Lula. Além disso, economistas projetam que a decisão de prorrogar a isenção de tributos federais sobre os combustíveis custará R$ 25 bilhões e deve piorar a situação fiscal. Nesta segunda, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) prorrogou a redução das alíquotas para PIS/Cofins sobre o diesel, biodiesel e GLP até 31 de dezembro de 2023. A MP também zerou as alíquotas para gasolina e etanol até 28 de fevereiro. Empresas e entidades do setor criticaram as medidas. (Poder360) O mercado financeiro voltou a prever a aceleração da inflação este ano. Segundo o Boletim Focus do último dia útil de 2022, divulgado nesta segunda-feira pelo Banco Central (BC), a projeção para o IPCA de 2023 saltou de 5,23% para 5,31%. No caso de 2022, a estimativa para a alta do IPCA caiu de 5,64% para 5,62%. As previsões para 2022 e 2023 estão acima do teto da meta, apontando para três anos de descumprimento do mandato principal do Banco Central. O mercado também elevou pela segunda semana consecutiva a projeção para a taxa Selic no fim de 2023. A estimativa subiu de 12% para 12,25%. Há um mês, era 11,75%. No Comitê de Política Monetária (Copom) de dezembro, o BC manteve a taxa em 13,75% ao ano. Em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), o mercado espera que a atividade econômica encerre 2022 em 3,04%. Em 2023, o Boletim aponta um crescimento do PIB menor, de 0,80%. (Estadão) A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, alertou que a economia global já está em recessão em “um ano difícil, mais difícil do que o ano que deixamos para trás”. “Esperamos que um terço da economia mundial esteja em recessão”, disse Georgieva em entrevista transmitida ontem pela CBS. Segundo ela, as três grandes economias - EUA, UE e China - estão desacelerando simultaneamente. Em outubro, o Fundo alertou que mais de um terço da economia global vai se contrair e que há 25% de chance de o PIB global crescer menos de 2% em 2023. (Bloomberg Línea) As medidas do novo governo que revogaram o processo de privatização de oito estatais e a que prorrogou a isenção de impostos dos combustíveis derrubaram a Bolsa de Valores no primeiro pregão do ano. O Ibovespa terminou o dia em baixa de -3,06%, aos 106.376 pontos. As cinco principais estatais listadas na B3 perderam, juntas, R$ 31,806 bilhões em valor de mercado. Diante do sentimento de aversão ao risco, o dólar fechou em alta de +1,51%, cotado a R$ 5,35. Em Wall Street, os mercados permaneceram fechados em função do Ano Novo. O mesmo ocorreu com a maioria das Bolsas na Europa e Ásia. (InfoMoney) Nesta manhã, alguns mercados pela Europa já voltaram a abrir após as festividades de fim de ano. A Bolsa de Frankfurt abriu em alta, operando em +1,55%. Paris estava em +1,43% e Londres em +2,22%. Na Ásia, os mercados do Japão estão fechados nesta terça-feira, enquanto Xangai, na China, subia +0,88%. Hong Kong estava em +1,84% e Coreia do Sul em -0,31%. (Investing) |