sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

O desmanche da TV Cultura e a Folha


Comentário
Há um pano de fundo nessa história toda e atende pelo nome de Toninho Denardi.
Trata-se do polêmico braço direito de Marcos Mendonça, ex-presidente da Fundação Padre Anchieta.
Paulo Markun assumiu o posto com a incumbência de esvaziar o esquema montado. Conseguiu  tirar da Fundação, mas o pessoal acabou se alojando nas TVs Assembleia, Justiça. E também na Câmara Municipal.
Sem condições de desfazer o esquema, decidiu-se jogar a criança com a água.
É jogo pesado, pepino que vai explodir em breve. Os rumores já são expressivos, para serem varridos para baixo do tapete.
Por hugo
A Folha fazendo malabarismos para limpar a barra de Sayad a frente do desmanche da TV Cultura.
Trechos:
(...)
Queremos concentrar nosso reduzido talento administrativo na telinha e no rádio. O foco da TV é o seu público", afirmou Sayad para justificar a não renovação dos contratos com a TV Assembleia e a TV Justiça.
a Sayad, essas operações não só consomem a energia da equipe como impõem encargos trabalhistas.
E, nas contas do presidente, o valor dos contratos não oferece, por exemplo, uma reserva de recursos para cobrir custos das eventuais ações na Justiça do Trabalho.
Que empresa no mundo, coloca em contrado, o valor de uma possível ação trabalhista que a outra parte venha sofrer???
A redução na folha de pagamento, com a demissão dos quase 300 funcionários que faziam a TV Justiça e a Assembleia, é uma tentativa de conter a evolução do passivo contingente trabalhista (valor de ações de ex-funcionários que estão pleiteando na Justiça indenização).
Se há tantas ações na justiça, significa que a TV Cultura vem agindo contra a lei?
(...)
Sayad afirma que esses 285 funcionários não ficarão desempregados. Ainda que sem garantia formal, diz que serão incorporados às novas equipes que produzirão a TV Justiça e a TV Assembleia.
É o primeiro caso de demissão sem perda de emprego da história.
Sayad não descarta o fim de programas cuja audiência esteja abaixo de parâmetros que serão fixados. Sob o argumento de que a internet pode oferecer conteúdo mais elitizado, prega a popularização de programas. "Depois da internet, o público específico não precisa ocupar horário nobre da TV. Tenho preocupação com audiência."
O que seria um 'público específico',  no universo quase infinito de opções da internet?
O "gran finale" representa o pensamento típico de quem não sabe o que é, e para o que serve uma TV Pública.
De acordo com Sayad, programas eram incluídos na grade sem prévia avaliação só por ter sido financiado por alguma empresa, sem custo à Cultura. "É um esforço para que a grade não seja suja por um programa só porque tinha verba e fazer com que o telespectador, ao zapear, fale: 'Aqui, só tem porcaria'."

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