Marina Person criou coleta seletiva em seu prédio e só consome orgânicos
19 de maio de 2010 | 10h 14
Alice Lobo - Especial para O Estado de S. Paulo
Não é só no seu programa Viva! MTV que a apresentadora Marina Person fala sobre qualidade de vida e o futuro do planeta. Ela pratica o que prega dentro de casa. Há dois anos, candidatou-se a síndica de seu prédio, indignada com o fato de o condomínio não ter um programa de reciclagem de lixo. “Durante uns dez anos eu reciclei na cooperativa Coopamare. Separava e levava tudo no carro até lá.”
Kelly Fuzaro/MTV
Eleita síndica, Marina comprou lixeiras para lixo reciclado e fez uma parceria que garante o recolhimento do material toda semana. Mas não parou por aí. “O pessoal da limpeza usava aquela máquina d’água de alta pressão para limpar o chão. Proibi. Os faxineiros têm de varrer com vassoura. Só podem jogar um pouco de água na calçada se tiver muito xixi de cachorro”, diz. “A Sabesp devia multar quem usa água para limpar a calçada. Fico mal de ver isso.”
Dentro de casa, as exigências são ainda mais rígidas. Além da reciclagem e da economia de água, Marina divide o carro com o marido ou anda a pé.
A apresentadora come basicamente produtos orgânicos, a maioria deles entregues por um serviço de delivery. As exceções ficam para frutas como a melancia: Marina diz que nunca conseguiu encontrar um fornecedor orgânico. “Se alguém souber onde tem, me avisa.”
O maior dilema de Marina à mesa são as carnes. “Faz muito tempo que não tem carne vermelha em casa”, diz a apresentadora, que era uma carnívora assumida. Frango então, nem se fala. “Tem gosto de remédio e hormônio e ninguém me tira isso da cabeça. Só como se eu estiver em algum lugar muito formal e não tiver jeito.”
Para seu desgosto, o consumo de peixe, teoricamente um produto saudável, também tem implicações ambientais. “A forma como estão pescando é horrível. As redes pegam tudo do fundo do mar e se aproveita muito pouco do que se pesca.” Carne de soja pode ser uma opção? Ela torce o nariz. “Eu odeio, carne de soja é horrível.”
Na cartilha verde de Marina, outros vilões são os mercados. “O que eu acho mais grave é a quantidade de embalagens. Eu fico reclamando, acho que estou virando paranóica”, diz.
A apresentadora não se conforma com o fato de que, para vender frutas, verduras ou legumes, os mercados usem uma bandeja de plástico ou isopor e depois ainda a envolvam com filme plástico. “Quando vou comprar, peço sem plástico e as pessoas não entendem. Eu escolho e levo tudo junto em um saco só até o caixa, que pesa e passa separadamente, mas depois coloca tudo junto de novo em uma só sacola.”
Marina reduziu o uso de sacolinha plástica em casa e tenta sempre reutilizá-las. E aboliu o uso de garrafas PET. “Desde sempre bebo água em caneca na MTV e carrego uma garrafinha reutilizável.”
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